A denúncia de um grupo de alunas da Emefi (Escola Municipal de Ensino Fundamental Integral) Maria de Melo, no Parque Industrial, chegou à direção da escola ainda na manhã desta segunda-feira (8). As meninas, entre 12 e 14 anos, decidiram levar ao conhecimento dos superiores uma série de investidas do funcionário terceirizado que trabalha na limpeza da escola.
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Segundo relatos de parte das garotas, o homem, que tem entre 55 e 60 anos, oferecia balas e chiclete em troca de uma aproximação. Em conversa com OVALE, a delegada da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) confirmou os relatos, mas não quis gravar entrevistas. Segundo a policial, o funcionário foi preso em flagrante por importunação sexual e atos libidinosos, tento acariciado o corpo de algumas das meninas.
Tão logos os relatos chegaram à direção da escola, a GCM foi acionada. Na escola, os guardas começaram a colher os relatos das alunas. Nesta segunda-feira, pelos menos seis meninas relataram que o funcionário tinha agido de forma mais agressiva contra elas. Duas outras alunas teriam relatado que na semana passada, o homem teria agido com intenções sexuais contra elas. As duas devem ser ouvidas nos próximos dias.
“Ele falou da minha parte intima da minha filha. Além de molestar, falou da parte intima dela”, desabafou uma mãe, já na porta da DDM.
“Ele deu pirulitos, tentou abraçar elas. Deu chiclete e ele tentou abraçar a força. Hora que ela virou passou a mão na bunda”, disse outra mãe.Na tarde desta segunda, as garotas continuavam na DDM. Depois de conversar com os GCMs, elas esclareceram para a delegada o que aconteceu.
“Foi para todas que ele quis dar doce. Não vimos maldade nisso. Mas hoje foi no toque físico. Ele me chamou e minha amiga, ai a gente foi, ai ele abraçou, mas quando ele foi me abraçar, ele ficou me acariciando, e quando ele foi soltar o meu abraço, ele foi passando a mão até na frente da minha barriga. Ai ele não quis soltar, eu empurrei ele e fui embora”, disse uma das alunas. Outras alunas contaram situação parecida de abraços e passadas de mãos.
Com depoimentos prestados, os pais cobram respostas e investigação. “A gente fica mais que preocupado. Como vamos deixar voltar para a escola? Agora uma dessa? Como e que fica? Ocorreu dento da escola. Não queremos apedrejar, mas não sabe quem entra ali para trabalhar”, questiona um pai.
A ESCOLA
Em nota, a Prefeitura de São José dos Campos disse já estar ciente do ocorrido. “A Prefeitura de São José dos Campos informa que a Guarda Civil Municipal foi acionada para atender a ocorrência na Emefi Profª Maria de Melo nesta segunda-feira (8). Após as denúncias, o funcionário da empresa terceirizada foi identificado e conduzido à delegacia. A equipe gestora da escola entrou em contato com as famílias envolvidas e todos foram ouvidos individualmente pela Guarda Civil Municipal. Para o acolhimento das famílias, a Prefeitura prontamente disponibilizou atendimento psicológico e apoio do serviço social da Secretaria de Educação e Cidadania.
O caso segue sob investigação das autoridades competentes e a Prefeitura também irá colaborar com as investigações”, diz.
Comentários
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Elisangela maria 09/04/2024Estou horrorizada