JUSTIÇA

Pai de Geovana é condenado a 25 anos por matar e enterrar a filha de 13 anos no Vale

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução / Rauston Naves / TV Vanguarda
Sidnei Martins dos Santos durante o julgamento
Sidnei Martins dos Santos durante o julgamento

Após um julgamento de 12 horas no Fórum de Jacareí, nesta quarta-feira (20), Sidnei Martins dos Santos foi condenado a 25 anos de prisão por ter matado e enterrado o corpo da filha, a adolescente Geovana da Costa Martins, de 13 anos. O crime aconteceu em maio de 2022.

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Sidnei começou a ser julgado por volta das 10h30 por homicídio qualificado e ocultação do cadáver. O julgamento terminou às 23h. A defesa do réu informou que vai recorrer da decisão.

O réu foi condenado a 24 anos de reclusão em regime fechado por homicídio qualificado com emprego de meio cruel – na época do crime, Sidnei afirmou ter asfixiado a menina –, além de feminicídio, tendo como agravante o crime ter sido cometido contra descendente.

A pena foi acrescentada de mais um ano, nove meses e 10 dias de reclusão, também em regime fechado, e ao pagamento de 17 dias-multa, pela ocultação de cadáver, com agravante de o crime envolver a própria filha.

Ao longo do julgamento, segundo o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), foram ouvidas oito testemunhas. Durante o interrogatório, Sidnei permaneceu em silêncio.

A acusação do Ministério Público apontou que Geovana foi morta pelo pai, por asfixia mecânica. Depois da morte, ele deixou o corpo da menina na cama para evitar chamar a atenção da vizinhança com barulhos durante a noite. No dia seguinte, enterrou a menina no quarto do filho.

Após a sentença, Sidnei foi levado de volta ao CDP (Centro de Detenção Provisória) de Guarulhos, onde já estava preso. Ele deve ser transferido para outro presídio.

CRIME.

Geovana desapareceu em maio de 2022 e seus pais fizeram buscas por ela por mais de 20 dias. Depois de uma extensa investigação, a Polícia Civil concluiu que Geovana não saiu de casa, ao contrário do que foi declarado pelo pai, que foi a última pessoa a vê-la com vida.

A equipe policial entrou na casa da família e encontrou o corpo da menina em um saco, enterrado em uma obra inacabada no quarto do irmão.

O pai e o irmão da vítima foram presos preventivamente. O irmão de 20 anos foi liberado após a investigação. Ele alegou ter chegado em casa no dia em que a família havia relatado o sumiço e o pai fazia uma obra em seu quarto.

A polícia também investigou se a menina sofria abusos por parte do pai, que afirmou estar drogado quando asfixiou e matou a vítima. Ele foi o único denunciado pelo crime

No dia 11 de junho de 2022, Sidnei passou por audiência de custódia e sua prisão foi convertida em preventiva. Em 15 de julho, o Ministério Público o denunciou pela morte da adolescente e pediu o arquivamento da acusação contra o irmão de Geovana.

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