O Taubaté vai pagar R$ 10 mil em multas à FPF (Federação Paulista de Futebol), em três multas, por conta de sinalizadores e artefatos explosivos atirados durante o clássico contra o São José, no dia 21 de fevereiro, no estádio Joaquinzão, pela décima rodada da Série A-2 do Campeonato Paulista, que ficou empatada por 0 a 0.

De acordo com a FPF, duas multas de R$ 3.000 cada são por conta de uso de sinalizadores, que são proibidos. Na decisão, Federação cita a torcida organizada ‘Os Jecas’, por acender um sinalizador por dois minutos no protocolo do início do jogo.

Depois, aos 30min do segundo tempo, um novo sinalizador foi aceso no mesmo local e pelo mesmo grupo de torcedores, se apagando em seguida.

Por fim, a multa de R$ 4.000 foi por conta do arremesso de dois artefatos explosivos no campo, nos acréscimos do segundo tempo da partida, mas, sem atingir ninguém.

A diretoria do Taubaté enviou uma nota, onde confirma as multas baseadas no uso de bomba e sinalizadores.

“O clube lamenta profundamente a atitude de pessoas que se dizem torcedores mas que prejudicam a imagem e as finanças da instituição. Informa, ainda, que irá tomar as medidas administrativas de identificação para buscar diminuir o valor aplicado”, diz trecho do comunicado.

O Taubaté vem de vitória em casa por 2 a 1 sobre o Comercial, no estádio Joaquinzão, no último domingo. E vai para a última rodada da Série A-2, contra o Noroeste, em Bauru, no dia 16, com chances de classificação, desde que vença o jogo e dois dos três adversários à frente, todos jogando fora de casa, também não vençam.

Nota da torcida

No final da tarde desta segunda-feira (11), a organizada 'Os Jecas' postou uma nota oficial em sua conta no Instagram, onde se diz surpresa com a decisão. Inclusive, a torcida foi proibida de entrar no estádio em Taubaté no jogo contra o Comercial. Abaixo, veja a nota completa:

"Na sexta-feira, (08/03), ao levarmos nosso ofício ao Batalhão da Policia Militar, fomos surpreendidos pela notícia de que todo nosso material estava proibido de entrar no estádio em Taubaté. O motivo, uma multa de R$ 10.000 que o clube levou no clássico.

Nos pareceu estranha essa informação. Durante toda a semana que antecedeu o clássico nos reunimos com a Policia Militar mais de uma vez e alinhamos todas as condutas e procedimentos pra esse jogo. Tudo que foi combinado entre as partes foi cumprido: fizemos nossa caminhada até o estádio, fizemos nossa recepção ao time na rua Argentina, entramos no estádio com nosso material e cantamos. Ponto.

Nós sabemos que a legislação aqui proíbe sinalizador, fumaça ou bomba dentro do estádio. Sabemos e reforçamos para nossos membros que qualquer vacilo geraria punição interna e o clube e a torcida também sofreriam punição. Fomos firmes nesse quesito e mantivemos nossa conduta.

Mas não somos responsáveis por outros torcedores...

Naquela noite, o Joaquinzão recebeu mais de 5 mil pessoas. Estávamos concentrados em cantar, em apoiar o Taubaté. Acontece que em dado momento do jogo um torcedor ‘’povão’’, pessoa desconhecida de todos, não membro, não simpatizante da Torcida, acendeu um sinalizador no meio da arquibancada.

Membros da Torcida Os Jecas foram os primeiros a repreende-lo. Apagamos e orientamos para não acender mais.

Nas fotos fica claro que o torcedor não estava no “bolo” da torcida, não portava vestimenta da nossa organizada, enfim, não é membro dos Jecas. Se bombas foram ouvidas no campo de jogo tampouco podem nos culpar. Reiteramos mais uma vez, estávamos na função de empurrar nosso time, o barulho das bombas vinha de lugares aleatórios.

Enfim, essa é mais uma tentativa nojenta de acusação da diretoria do EC Taubaté, que joga contra sua própria torcida. Não fomos nós. Essa tentativa esnobe, mentirosa e incompetente não pode vir na direção de quem não é culpado. Queremos o bem do Esporte Clube Taubaté, muito mais do que vocês. Vocês aí querem outras coisas"