As regiões sul e central de São José dos Campos são as preferidas pelos ladrões de veículos. Elas lideram o ranking de roubos e furtos nos últimos 12 meses, entre fevereiro de 2023 e janeiro de 2024, segundo dados da SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo.
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O mapa dos crimes mostra que a via campeã de roubos e furtos de veículos em São José é a avenida Cidade Jardim, no Bosque dos Eucaliptos, na zona sul, com 21 registros nos últimos 12 meses.
Depois dela aparecem duas ruas da mesma região sul: Nazaré (Satélite) e Icatu (Parque Industrial), com 11 e 9 crimes, respectivamente. A avenida Linneu de Moura (Urbanova/oeste) e a rua José Pedro de Carvalho Filho (Vila Guaianazes/central) empatam com oito crimes cada.
A avenida Andrômeda, no Bosque dos Eucaliptos (sul), tem sete registros, o mesmo número de três vias da zona central: avenida Manoel Borba Gato (Jardim Nova América), avenida Vinte e Três de Maio (Vila Maria) e rua Casemiro de Abreu (Jardim Maringá).
Para completar as 15 ruas com mais crimes registrados entram a avenida Lisboa (Jardim Augusta/central/6 registros), rua Fagundes Varela (Vila Luzia/central/6), rua Itapetinga (Satélite/sul/6), rua Paissandu (Jardim América/sul/6), avenida Deputado Benedito Matarazzo (Jardim Paulista/central/5) e avenida Sebastião Gualberto (Vila Maria/central/ 4).
BAIRROS.
De acordo com os dados da SSP, 32 bairros de São José tiveram 721 roubos e furtos de veículos nos últimos 12 meses, nada menos do que 54% do total da cidade, que chegou a 1.328 crimes – 143 roubos e 1.185 furtos.
O Satélite, na zona sul, é disparado o local com mais crimes, acumulando 85 registros nos últimos 12 meses. Também na zona sul, o Bosque dos Eucaliptos tem 44, o Parque Industrial anota 39 e o Jardim Morumbi fechou com 38.
O Centro aparece com 31 e depois mais três bairros da zona sul: Chácaras Reunidas (30), Campo dos Alemães (29) e Jardim América (29).
Na sequência estão o Jardim das Indústrias (oeste/29), Jardim Bela Vista (central/22), Jardim Santa Inês (leste/22), Aquarius (oeste/22), Vila Industrial (leste/22), Dom Pedro (sul/21) e Jardim Oswaldo Cruz (central/20).
SEGURO.
Segundo Diógenes Carvalho, da Netinho Seguros, os números de roubos e furtos de veículos têm grande impacto na precificação dos seguros, especialmente em cidades grandes, como São José dos Campos. A diferença pode chegar até a 50%.
“Em cidades grandes isso tem grande impacto. A diferença de rua, mesmo dentro do bairro, pode ser às vezes de até 50% no seguro do veículo. Isso porque as seguradoras têm a divisão por CEP e análise por rua”, afirmou o especialista.
Segundo Carvalho, a maior influência no preço do seguro é no endereço em que o carro pernoita. “Se trabalha no centro e mora numa local com maior roubo e furto, o preço do seguro vai ficar mais caro por causa do local onde o veículo passa a noite”.
Ou seja, assim como o modelo do carro impacta no preço do seguro, que é mais caro entre os mais vendidos e visados pelos ladrões, o endereço da moradia tem grande influência nessa precificação.
“Hoje há muitas alternativas e opções para precificar, e uma delas é o CEP de pernoite, além do uso do carro, local de trabalho e moradia e o modelo do veículo. Os carros mais vendidos são os mais roubados, e o seguro é mais caro”, afirmou.
“No Rio de Janeiro, por exemplo, onde o seguro é mais caro, há casos em que numa rua o preço é R$ 1.000 e na rua paralela é o dobro, justamente por conta da quantidade de crimes”, explicou Carvalho.
COMBATE.
Segundo a Prefeitura de São José dos Campos, o número estimado de veículos em circulação na cidade é de 1 milhão. A administração municipal informou que houve redução no número de roubos de veículos neste ano, com cinco casos em janeiro contra 19 no mesmo período de 2023.
Quando comparado com janeiro de 2016 – ano que antecedeu a criação do programa São José Unida –, a redução no roubo de veículos chega a 92,5%, considerando as 67 ocorrências registradas naquele período.
“As constantes reduções nos indicadores confirmam a importância do programa São José Unida, criado em 2017, e que investe em ações de integração das forças de segurança e em tecnologias para o monitoramento da cidade por meio do CSI (Centro de Segurança e Inteligência)”, informou a prefeitura.
“O sistema monitora a cidade em tempo real 24 horas por dia, com câmeras de reconhecimento facial, leitura de placas e detecção de movimento de objetos e pessoas, além de todos os profissionais envolvidos.”