Sempre se fala no fim do mundo. De vez em quando alguém se lembra de que as coisas têm um fim, e passam a pensar se o nosso mundo, como conhecemos hoje, pode terminar. Alguns olham para a condição não renovável de muitos recursos, e estudam como tudo está sendo gasto sem ser reposto, e que consequências isso pode ter para a humanidade. Outros falam do armamento mundial. Encontro em site de notícias que, de acordo com um relatório publicado, as nove potências nucleares, oficiais e não oficiais, detinham, em 2022, 9440 ogivais operacionais; estima-se que no início de 2023, fossem já 9576, mais 136, com um poder destrutivo equivalente a 135 mil bombas de Hiroshima.

Há muitos filmes tentando imaginar como será o Apocalipse. Não há como dizer se alguns deles tem razão ou não. Mas o fato é que precisamos viver o hoje de maneira mais sábia. A humanidade não tem prestado muita atenção à verdade de que, de uma hora para outra, muita coisa pode mudar, e muito radicalmente. Trago à lembrança a horrível tragédia de Brumadinho. No dia 25 de janeiro de 2019, as 12h28 minutos, a barragem da Mina Córrego do Feijão se rompeu. Até as 12h as pessoas viviam uma manhã inteira de vida normal; estavam trabalhando, alguns estavam na pousada da região, outros na Sede Administrativa da Vale, no seu cotidiano. Mas depois de 28 minutos, um tipo de “fim do mundo” os atingiria e mudaria tudo para sempre.