LEILA PAES

Ajudar para se ajudar

Por Leila Paes | Pastora e psicóloga
| Tempo de leitura: 2 min

Quais os efeitos de ajudar o próximo para a saúde mental? É possível encontrar no site da Fundação para Saúde Mental, no Reino Unido, que “as evidências mostram que ajudar os outros também pode beneficiar a nossa própria saúde mental e bem-estar. Por exemplo, pode reduzir o estresse, bem como melhorar o humor, a autoestima e a felicidade”. O mesmo site explica que a gentileza frequentemente não está ligada a um gesto enorme, mas a pequenas coisas como levar um copo de água a alguém, ou ceder um lugar no ônibus, ou ajudar alguém a levar uma sacola. A atitude intencional de ajudar alguém pode, na verdade, ajudar mais a nós mesmos do que a pessoa que recebe a gentileza.

O ato de ajudar promove elevação da autoestima, e do senso de propósito também. Também nos ajuda em relação a sentimentos de esperança – tão necessários nesse momento. Pense na possibilidade de ser um voluntário, ou de agir em prol de uma boa causa, ou de ter o alvo pessoal de fazer pelo menos uma gentileza por dia. Hoje, do jeito que o mundo está, precisamos de gentileza mais que nunca.

Ser um voluntário enobrece e contribui para o senso de propósito. Todos nós temos uma razão de ser no mundo que vai além dos fins financeiros – está na construção de algo melhor para nós e para os outros. Nisso entra a escolha de uma boa causa, uma causa que transforme vidas para melhor, e engajarmos nela. Não podemos nos dar ao luxo de gastar nossa energia em algo que não consegue transformar realidades. Fazer boas escolhas é essencial aqui. E, no dia a dia, estender gentileza, inclusive para quem “não merece”, como um funcionário muito aborrecido ou um chefe muito mal-humorado... Uma gentileza genuína que nasce de sentimentos nobres tem o poder de mudar uma história. Não podemos menosprezar o potencial de uma semente.

As Escrituras Sagradas nos trazem esse desafio do bem: Não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos se não desistirmos (Gálatas 6:9 - NVI). Nós desistimos de fazer o bem, de certa forma facilmente, quando não vemos resultado nisso. Em contrapartida, nosso dever é persistir semeando coisas boas, porque elas nascem e retornam em forma de colheita. Continue ajudando. Embora nosso alvo não seja uma recompensa, na verdade, a retribuição de uma corrente do bem certamente virá ao nosso caminho. Quem ajuda, na verdade, se ajuda. Coisa boa!

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