O mundo civilizado está angustiado com as mudanças climáticas provocadoras de eventos extremos. O Brasil, que poderia tirar vantagens de voltar a ser a promissora potência verde, em lugar de ocupar a miserável colocação de “Pária Ambiental”, é muito lento ao responder aos anseios do mercado e dos investidores.
Acena-se com os títulos verdes para a Amazônia, os “green bonds” que atrairiam os trilhões à espera de uma sinalização que garanta segurança jurídica. O BID poderia ser um instrumento de ações concretas. Mas tudo é muito lento no Parlamento mais interessado em usufruir das benesses do Executivo e fazer o jogo das ameaças. Avanços e recuos. E sempre, quem perde, é o povo.
A esperança é a iniciativa privada. Esta sobreviveu à sanha arrecadatória de um Estado perdulário, que cresce embora não tenha condições de se sustentar. Boa notícia é a criação da primeira Bolsa de Crédito de Carbono do país, a B4. Ela permite a negociação dos créditos referentes aos certificados emitidos para uma empresa que reduziu a sua emissão de gases do efeito estufa como um ativo financeiro por meio da tecnologia blockchain. Ela agrupa informações que se conectam por meio de criptografia. Isso dá segurança às transações financeiras.
A B4 tem de atuar como facilitador para as empresas que querem compensar a quantidade de carbono emitida em suas operações e impulsionar a transição energética. O projeto foca a regeneração dos recursos naturais, tão devastados nos últimos anos. Essa Bolsa de créditos de carbono pode movimentar doze bilhões de reais no primeiro ano. Mas a demanda potencial é muitas vezes superior.
Quem quiser se cadastrar pode utilizar a plataforma https://b4capital, preencher informações similares às solicitadas pelo banco e criar uma conta. Depois pode comprar créditos de carbono após transferir a quantia para a conta. As empresas que se interessarem estarão, na verdade, fornecendo um atestado de que se preocupam com o ambiente e não estão na lista dos exterminadores do futuro. Que funcione e prospere!