A Prefeitura de São José dos Campos estuda mudar o modelo de gestão do Parque Vicentina Aranha, na região central da cidade.
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Administrado desde 2011 pela organização social de cultura Afac (Associação para o Fomento da Arte e da Cultura), o parque é alvo de estudos preliminares da prefeitura sobre a possibilidade de concessão.
“Estamos estudando transformar o contrato de gestão do Vicentina Aranha em contrato de concessão, para acelerar o restauro das edificações”, disse Alexandre Blanco em entrevista à CBN Vale.
Ele comanda a Assessoria de Projetos Especiais da Prefeitura de São José dos Campos, unidade administrativa ligada diretamente ao gabinete do prefeito Anderson Farias (PSD).
“Dos 11 mil m² existentes, são 6 mil m² de prédios a serem restaurados no parque e precisamos acelerar isso, para a população utilizar”, completou. “É um espírito de resgate da nossa história com a revitalização dos prédios, para que as gerações possam conhecer essa história”.
INVESTIMENTO
Blanco disse que a prefeitura gasta R$ 2,5 milhões por ano com o Vicentina Aranha, e que a meta é deixar de fazer esse investimento e passar o espaço para a iniciativa privada.
“Há 11 anos tem contrato de gestão com OS Afac, que tem um trabalho muito bem feito no parque. A Afac tem três anos e meio de contrato e estamos estudando um novo modelo. A gente acha que o Vicentina Aranha é uma possibilidade para a concessão”, disse Blanco.
Segundo ele, assim como a Arena Municipal, o estádio Martins Pereira e o Aeroporto de São José, o Vicentina Aranha é uma oportunidade de se fazer uma PPP (Parceria Público-Privada).
“São despesas que a prefeitura tinha, e não tem mais. A cidade ganha com eventos e a prefeitura deixa de gastar, e ainda tem percentual da receita. São equipamentos que a iniciativa privada é mais especialista em fazer a gestão. Vamos fazer uma gestão moderna com as concessões”, afirmou o assessor de Projetos Especiais.
OUTRO LADO
Procurada pela reportagem, a Afac disse que a prefeitura tem a prerrogativa de estudar e adotar novos modelos de gestão para os aparelhos públicos.
“O contrato da Afac com a prefeitura para gestão do Parque Vicentina Aranha foi renovado em 2022, com vigência até 2027, mantendo-se a realização de todas as ações culturais, de qualidade de vida, sustentabilidade, economia criativa, restauro e demais programações apreciadas e consolidadas pelo público”, informou a organização.
Comentários
6 Comentários
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OSMAR FERREIRA 21/01/2024Também penso que a afac adminustra bem o espaço, mas também penso que a Fundação Cultural Cassiano Ricardo poderia prestar esse serviço com eficiência pra essa gestão -
Paulo Duarte 21/01/2024É muito pouco caso com um local que é muito frequentado e as revitalizações estão a passos de tartaruga , é necessário mudar isso -
José Moraes Barbosa 20/01/2024É obrigação da prefeitura zelar e administrar os espaços públicos. O Parque Municipal Vicentina Aranha foi uma conquista da população de São José dos Campos, portanto, cabe a prefeitura a responsabilidade de administrar esse belíssimo patrimônio. Uma cidade como a nossa que tem um orçamento de R$ 5 bilhões e um PIB de R$ 39 bilhões, segundo o IBGE, não pode se esquivar das suas obrigações. Está virando moda privatizar tudo em SJC. Até parece que em SJC não há quadros competentes para administrar o Parque Vicentina Aranha. Ah! São José, pobre cidade rica. -
Benedito Carlos Couto Faria 19/01/2024Nada contra Afc no quesito de atividades no parque. Porém as reformas estão muito lentas. -
Antônio Fazuele 19/01/2024Anderson (Secretário de Trasnsporte/Prefeito) deve tá ansioso para pavimentar o Vicentina Aranha depois de derrubar todas as árvores - a concessão à iniciativa privada para explorar comercialmente ajudaria muito seu objetivo já que aquele terreno como um estacionamento seria a melhor forma de lucrar com o espaço. -
Cesar Pope 19/01/2024A AFAC é gestora competente do Vicentina Aranha, mas com dinheiro público que deveria ficar com a FCCR que é a autarquia de Cultura da cidade. Se a AFAC quer continuar gerindo o parque, deve buscar autonomia como qualquer empresa, afinal é assim no capitalismo. O que não podemos é ter a FCCR perdendo verba para que uma entidade privada tenha este benefício e não é questão de mérito, porque a AFAC tem melhores resultados que a FCCR... que precisa melhorar muito a gestão cultural da cidade.