O preço da cesta básica no Vale do Paraíba ficou R$ 1.212 mais caro durante os quatros anos de mandato do então presidente Jair Bolsonaro (PL), de acordo com pesquisa do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais), da Unitau (Universidade de Taubaté).
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Em dezembro de 2018, antes da posse de Bolsonaro, o preço médio da cesta básica no Vale era de R$ 1.573. O valor chegou a R$ 2.785 em dezembro de 2022, no final do governo do ex-presidente.
A cesta aumentou 77% durante os quatro anos do mandatário, percentual quase três vezes superior ao da inflação oficial acumulada no período, de 26,93%. Os anos de 2022, 2021 e 2020 estão entre os seis anos com as maiores altas da cesta básica no Vale, de acordo com a série histórica do Nupes, que começa em 1996.
Os produtos que mais encareceram no final do governo anterior, comparado a dezembro de 2021, foram a cebola (163%), banana nanica (45%), batata (45%), mamão formosa (41,8%) e farinha de trigo (40%).
A cesta básica avaliada pelo Nupes tem 44 produtos, sendo 32 de alimentação, sete de limpeza e cinco de higiene pessoal. Ela é recomendada para uma família com cinco pessoas e renda mensal de cinco salários mínimos.
A variação do preço da cesta não foi igual nas quatro cidades pesquisadas pelo Nupes. A população de Caçapava pagou o aumento mais alto do Vale, com R$ 1.288 de alta na cesta entre 2018 e 2022, 82,30% de reajuste nos preços.
Em São José, a variação foi de 72% (R$ 1.137 de aumento), em Taubaté de 74,53% (R$ 1.174) e em Campos do Jordão de 79,42% (R$ 1.248).
GOVERNO LULA
Na contramão, o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) representou uma economia de R$ 67,10 no valor da cesta básica regional – contra alta de R$ 134,79 no primeiro ano de Bolsonaro.
Segundo o balanço do Nupes, o preço da cesta básica caiu de R$ 2.785 em dezembro de 2022 para R$ 2.718 no mesmo mês de 2023, uma redução de 2,41% no período em que a inflação foi de 4,46%.
Os produtos que mais baratearam são óleo de soja (-28,76%), cebola (-21,76%), margarina (-18,85%), mamão formosa (-18,69%) e feijão carioca (-16,76%), carnes (-15,81%), queijo (-15,66%), café (-13,59%), frango (-11,93%) e leite integral (- 11,35%).