No geral, a RMVale fechou 2023 com US$ 11,10 bilhões em exportações, R$ 8,90 bilhões em importações e superávit de US$ 2,19 bilhões, aumento de 8% na comparação com o saldo de 2022.

A RM Campinas exportou US$ 5,44 bilhões, importou US$ 14,7 bilhões e fechou com déficit de US$ 9,27 bilhões. No entanto, a maior cidade vendeu 10,43% a mais: Campinas exportou US$ 1,12 bilhão no ano passado contra US$ 1,02 bilhão em 2022.

O que também cresceu foi o volume de importação, em razão da forte atividade industrial em Campinas. A cidade importou 3,37% a mais em 2023: US$ 3,36 bilhões ante US$ 3,25 bilhões de 2022.

RANKING ESTADUAL

Ilhabela é a 5ª cidade mais exportadora do estado, com US$ 3,10 bilhões da venda de petróleo, mas com queda de 24% frente a 2022.

Maior exportadora de aviões do país, São José dos Campos aparece na 6ª posição estadual com US$ 2,85 bilhões exportados em 2023 e crescimento de 7,6% comparado a 2022.

As duas cidades só ficam atrás de Santos (US$ 6,16 bi), São Paulo (US$ 5,51 bi), São Bernardo do Campo (US$ 4,05 bi) e Piracicaba (US$ 3,52 bi).

São Sebastião e Pindamonhangaba são as próximas da região no ranking estadual, respectivamente na 9ª e 10ª colocação, exportando US$ 1,78 bilhão e R$ 1,66 bilhão no ano passado.

Com exportações de US$ 1,12 bilhão, Campinas é a 13ª que mais vende para o exterior no estado, seguida de Indaiatuba (20ª / US$ 916,5 milhões) e Paulínia (22ª / US$ 855,9 milhões).

Completam o ‘top 50’ as cidades de Jacareí (28ª / US$ 577,7 milhões), Vinhedo (34ª / US$ 440,5 milhões), Taubaté (37ª / US$ 406,5 milhões), Americana (38ª US$ 406,2 milhões), Sumaré (39ª / US$ 406 milhões) e Guaratinguetá (42ª / US$ 363,8 milhões).

PRODUTOS

Mesmo com queda de 12% nas exportações – US$ 11,1 bilhões contra US$ 12,6 bilhões –, a RMVale fechou o ano com superávit na balança comercial graças à venda de aeronaves, produto que anotou 16,8% de aumento no ano passado ante 2022 – US$ 2,12 bilhões contra US$ 1,81 bilhão.

Principal item de exportação da região, o petróleo recuou 22,76% no mesmo período, caindo de US$ 6,98 bilhões para US$ 5,39 bilhões. Os veículos perderam 15,82% em vendas ao exterior – US$ 738 milhões para US$ 621,3 milhões.

O desempenho da exportação de aeronaves deve-se, principalmente, a São José dos Campos e a Embraer.

A maior cidade do Vale registrou 17,66% de aumento em aviões exportados, passando de US$ 1,75 bilhão para US$ 2,06 bilhões, o que qualifica a cesta exportadora da região com produtos de maior valor agregado.

Na contramão, Ilhabela e São Sebastião, maiores exportadoras de petróleo da região e entre as três do estado, recuaram 24% e 20%, rspectivamente. Taubaté perdeu 29% na exportação de veículos.

Com o resultado positivo de São José, a exportação de aeronaves cresceu 30% em São Paulo e 18% no Brasil em 2023.

“O Vale do Paraíba está inserido no setor que está atualmente na fronteira tecnológica. A Embraer e os novos projetos, como a Eve, junto da experiência que existe no Vale, reforçam mais a competência que tem na área, criando novas oportunidades dentro desse complexo aeroespacial na região”, disse Marcos Barbieri, professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e especialista em indústria aeroespacial.