INVESTIGAÇÃO

Com empresa investigada em Pinda, Cariani é suspeito de fornecer drogas para PCC

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução / Redes Sociais
Cariani nega as acusações
Cariani nega as acusações

As investigações da PF (Polícia Federal) apontam que o esquema de desvios de produtos químicos ligado à empresa do influenciador fitness Renato Cariani, 47 anos, abastecia uma rede criminosa de tráfico de drogas internacional comandada por criminosos do PCC (Primeiro Comando da Capital). O empresário, que nega o esquema, foi alvo de operação da PF nesta semana.

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Uma das empresas do esquema está sediada em Pindamonhangaba. A unidade é investigada pela PF por suspeita de desvio de 12 toneladas de produtos químicos para a produção de crack e cocaína.

A empresa é uma unidade da Anidrol Química, companhia com sede em Diadema que conta como sócios Cariani e Roseli Dorth, 71 anos. Ambos têm uma relação profissional de pelo menos 25 anos.

Cariani é investigado pela PF e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de São Paulo por envolvimento em um suposto esquema de desvio de produtos químicos utilizados na produção de drogas, como cocaína e crack.

A PF informou que Fábio Spinola Mota, apontado como membro do PCC e preso no início deste ano, seria o elo entre Cariani e a facção criminosa. Solto no mês passado, Mota foi alvo da operação junto com Cariani e Roseli Dorth.

A PF trabalha com a hipótese de que o material adquirido legalmente pela Anidrol era desviado para a produção de cocaína e crack. Para justificar a saída dos produtos, eram emitidas notas fiscais falsas e depósitos em nome de laranjas.

“Na nossa investigação, a gente identificou [Mota] como sendo o intermediário. Ele tem uma relação de amizade íntima com o sócio da empresa de produtos desviados. A gente o identifica como responsável pela elaboração dos documentos fraudulentos para que o produto, de fato, pudesse ser desviado", afirmou à Folha o delegado Fabrizio Galli, chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF e responsável pela operação.

A investigação tem o recorte tempo de 2016 a 2020. De acordo com a polícia, novas fases devem ser desencadeadas. O grupo teria lucrado valores superiores a R$ 6 milhões.

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