Aliás, não apenas para o Kiss, mas para outras bandas que seguem o mesmo caminho, isso pode se tornar uma tendência. Desta maneira, a tradicional banda de rock já é uma das precursoras e pioneiras de uma nova forma de se fazer um trabalho artístico.

COMO FUNCIONA.

No vídeo, os integrantes expressaram a ideia de que o legado do Kiss transcende as individualidades dos membros, tornando-se uma entidade maior que persistirá no tempo. "O futuro é tão empolgante", proclamaram, sugerindo que a banda agora assume uma existência que vai além das limitações temporais de suas vidas pessoais.

A transição para avatares virtuais destaca uma abordagem inovadora para a continuidade da banda. Ao adotar essa tecnologia, o Kiss busca explorar novas formas de entretenimento, estabelecendo um precedente para o que poderia ser o futuro da música ao vivo. A ênfase na virtualidade como uma extensão da identidade da banda sugere uma fusão única entre a tradição do rock clássico e as possibilidades emergentes da era digital.

O público que compareceu ao último show da tradicional banda teve o privilégio de testemunhar uma breve apresentação do Kiss virtual, enquanto aqueles que acompanharam o evento por meio de transmissão ao vivo foram igualmente contemplados. Essa demonstração foi concebida como um vislumbre do potencial ilimitado que a banda agora possui em sua forma virtual.

Em uma entrevista à revista Fast Company, Grade Cofer, supervisor de efeitos visuais encarregado do projeto Kiss, compartilhou insights sobre a visão por trás dessa inovadora empreitada. "Nós queríamos dar aos fãs uma noção das muitas formas que essa banda pode tomar no futuro", declarou Cofer, sugerindo que o Kiss está comprometido em reinventar sua presença no cenário musical.

OUTRO PIONEIRO.

Entretanto, a banda Kiss não está sozinha nessa incursão no mundo virtual. Outra icônica banda, o ABBA, já experimentou essa abordagem com o lançamento de "Voyage" no ano passado. Intrigantemente, os criadores por trás do Kiss e do ABBA compartilham uma conexão, indicando uma convergência de visões e estratégias na fusão entre música e tecnologia.

A decisão de ambas as bandas de abraçar a virtualidade sugere uma mudança de paradigma na forma como os artistas abordam o entretenimento ao vivo. O conceito de shows virtuais deixa de ser uma alternativa e se torna uma extensão legítima da experiência musical, desafiando as fronteiras do convencional.

Ao encerrar sua carreira ao vivo, o Kiss deixa um legado duradouro que transcende o palco físico. A transformação em avatares virtuais não apenas preserva a memória da banda, mas também a posiciona como uma força viva e evolutiva na indústria musical. O Kiss virtual agora está destinado a trilhar novos caminhos, explorando a interseção entre a nostalgia do passado e a inovação do futuro.

Por fim, o anúncio do Kiss marca não apenas o fim de uma era, mas o início de uma jornada emocionante rumo ao desconhecido. O futuro da banda agora reside nas mãos dos avatares virtuais, prometendo uma continuidade que transcende as limitações temporais e físicas, redefinindo assim a narrativa do Kiss para as gerações vindouras. O rock, em sua forma virtual, encontrou um novo lar, e o Kiss está na vanguarda dessa revolução musical.