Só é Champanhe o espumante produzido na região de mesmo nome, no norte da França, pelo método tradicional. As principais castas são Chardonnay, Pinot Noir e Meunier. Nesta técnica, a bebida sofre a segunda fermentação na garrafa, passa pelo processo da remuage (que consiste em colocar as garrafas em um cavalete com o gargalo para baixo, onde são giradas, fazendo com que o sedimento se juntem na tampa). Em seguida, vem o dégorgement (degola em português, que é a retirada dos sedimentos do gargalo).
Para ser bebida bem gelada, tem muito frescor e alta acidez. São acentuados os sabores de maçã, cítricos e toques de panificação. Sim, o champanhe tem um gostinho de brioche!
Muitos lugares produzem espumantes pelo método tradicional, que ganham outros nomes, como os Cava da Espanha. Há boa produção também na Califórnia e no Oregon, nos Estados Unidos, no norte da Itália e na América do Sul.
Aqui na Serra Gaúcha, temos uma região de produção de espumantes de excelência pelo método tradicional, que é Pinto Bandeira. As castas permitidas no Brasil são Chardonnay, Pinot Noir e Riesling Itálico.
Este, no entanto, não é o único método de fazer vinhos espumantes. Com a necessidade de produzir em escalas maiores e baratear os custos, foi criado o método Charmat. Neste modelo, a segunda fermentação acontece em grandes tanques, quase sempre de inox, o que facilita muito o processo. Um exemplo famoso é o Prosecco italiano.
Aqui no Brasil, pelo método Charmat, conseguimos garrafas muito frutadas, com as características de frescor e acidez, por custo-benefício incríveis. De norte a sul do país, a produção não pára de crescer!
HARMONIZAÇÃO.
É a bebida do verão e das festas de fim de ano! A acidez presente na bebida limpa o paladar e permite aquela bagunça gastronômica típica dos grandes banquetes.
Tim-tim!
Por Marcelle Justo
Jornalista e sommelière
Especialista em vinhos
Instagram:@marcellejusto