FRAN GALVÃO

Está na moda, mas eu estou fora!

Por Fran Galvão | Consultora de imagem e estilo
| Tempo de leitura: 3 min

Se você não é uma escrava da moda - e eu espero que realmente não seja - em algum momento você já repetiu a seguinte frase: está na moda, mas eu estou fora!

Na próxima semana comemoraremos aqui nos Estados Unidos o famoso e encantador Thanksgiving, ou dia de Ação de Graça. Trata-se de um feriado oficial, onde na quarta quinta-feira de novembro, pessoas de todas as religiões dão graças pelas bênçãos recebidas. É uma data de agradecimento, em que as famílias se reúnem e recordam - com gratidão a Deus - as coisas boas que aconteceram ao longo do ano.

Conversando com uma cliente essa semana e trazendo à tona a expectativa para o feriado (aliás ouso dizer, que se trata de um feriado levado mais a sério do que o Natal por aqui), brinquei fazendo uma analogia com a moda. Dei graça pelas tendencias de moda e beleza que eu passei ilesa. Ufa!! Confesso que algumas foi por pouco, quase cai em tentação, mas venci e aceitei que não eram para mim.

Isso tem relação com três premissas muito importantes quando pensamos em imagem pessoal. Primeiro o nosso estilo precisa estar acima da moda – caso contrário não será sustentável. Vale ressaltar que ter um estilo próprio e gostar de moda não são coisas excludentes, mas é preciso entender que a fórmula do sucesso na imagem pessoal é descobrir sua essência e ir se divertindo com as novidades.

Segundo, observe aquilo que você gosta e aquilo que você não gosta e faça um inventário disso. Mas sugiro uma atenção redobrada para as peças que você aponta como “não gosto”. É preciso olhar e entender se realmente faz parte das suas antipatias ou só está fora da sua zona de conforto. Falta aí ampliar seu olhar e repertório para novas possibilidades.

Terceiro e mais importante, entender que nem tudo que é bonito é para a gente! Precisamos fazer as pazes com o belo que não é para a gente, e aprender que algumas coisas vamos apenas contemplar no outro. E aqui não estou falando de colocar limites baseado em nossa idade, biótipo, classe, peso. Absolutamente nada disso! É entender que nem tudo que é bonito é para todos, se não se encaixa em nossa essência, em nossa rotina, em nosso dia a dia, simplesmente dizemos não para elas.

A essa altura você já deve estar curiosa para saber quais tendencias de moda e beleza eu mencionei no início que dei graças por ter dito não a elas.

Espero não criar inimizades por aqui, mas vamos lá: extensão de cílios (aqueles que parecem pernas de aranha), unhas de fibra e decoradas, mega hair exagerado, blazer de Neoprene ou de moletom, estampa de onça pobre (aliás você sabe a diferença de onça rica e onça pobre?), calça por dentro da bota no maior estilo roupa de gaúcho, scarpin com bico boneca ou levantado, hologramas de marcas que chamam mais atenção que o look completo (sabe aquele cinto – muitas vezes falsos – com a fivela da Gucci gigante?). Definitivamente, estou fora!!

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