INVESTIGAÇÃO

Após reunião com polícia de Dublin, Sheila cobra justiça para João Henrique: ‘Punição'

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução / Redes Sociais
Sheila (casaco preto), os advogados Allana Hughes e Daniel Hughes e o embaixador Marcel Biato (à dir.)
Sheila (casaco preto), os advogados Allana Hughes e Daniel Hughes e o embaixador Marcel Biato (à dir.)

Primeira-dama de São José dos Campos, Sheila Thomaz Ferreira reuniu-se pela primeira vez com membros da GSOC (Comissão do Provedor de Justiça da Garda Síochána), a corregedoria da polícia de Dublin, na Irlanda, e cobrou justiça para o caso do filho atropelado por um carro da Garda.

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“Só quero que a justiça seja feita pelo meu filho e o responsável seja severamente punido”, disse Sheila.

No encontro da última segunda-feira (13), Sheila esteve acompanhada de dois advogados, a brasileira Allana Hughes e o irlandês Daniel Hughes, além do embaixador do Brasil na Irlanda, Marcel Biato.

TRANSPARÊNCIA

Todos cobraram transparência da GSOC no andamento da investigação, que deve derivar em um processo criminal. E. Segundo o grupo, o policial que atropelou o filho do prefeito de São José não foi afastado das suas funções.

De acordo com a advogada Allana Hughes, o policial responsável pelo atropelamento passou por exames toxicológicos para identificar se estava sob efeito de alguma substância química no dia do acidente.

“Eles [da GSOC] já falaram que o caso está sendo transformado em processo criminal. Está sob investigação, mas acreditamos que vá ser uma investigação transparente e vamos lutar por justiça até o final”, disse.

No encontro, a corregedoria informou que já colheu diversos depoimentos e analisam imagens de câmeras de segurança do local do atropelamento. Não há prazo para a conclusão das investigações.

ATROPELAMENTO

João Henrique Thomaz Ferreira, 23 anos, amputou parte da perna direita após ser atingido deliberadamente por um carro dirigido por um policial de Dublin, em 28 de outubro. O joseense passou por duas cirurgias e terá um período de ao menos seis meses de tratamento na Irlanda.

Segundo Sheila, o filho está evoluindo bem ao tratamento, mas ainda sente muitas dores e não se recorda de tudo o que aconteceu no acidente. “Ele sabe que amputou a perna e sente muita dor, mas não se lembra de todos os detalhes”.

Ela disse que a família quer saber o motivo de o policial ter jogado o carro em cima do filho, provocando as graves lesões que levaram à amputação. “Essa é a pergunta que não quer calar, o porquê dele ter jogado o carro em cima do meu filho”.

INVESTIGAÇÃO

Na avaliação do advogado irlandês Daniel Hughes, o encontro com a GSCO foi “produtivo e franco”, mas a família de João Henrique cobra uma investigação completa e transparente.

“O resultado da reunião não me agradou em nada, esperava mais da Garda, principalmente em mostrar imagens e ou depoimentos já colhidos. O criminoso segue impune e afastado por ‘atestado médico’, estou me organizando para ir o mais breve possível a Dublin cobrar pessoalmente informações e celeridade no processo”, escreveu Anderson Farias nas redes sociais.

Marcel Biato afirmou que a Embaixada vai ajudar com a documentação para que Sheila e Anderson Farias aluguem uma casa em Dublin durante o tratamento de João Henrique.

Ele também disse que está acompanhando as investigações e cobrou uma solução satisfatória das autoridades irlandesas, em razão de o caso ser do interesse da sociedade brasileira e importante para os brasileiros que vivem na Irlanda.

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