EDITORIAL

A escalada da covid

Com novas cepas e relaxamento das medidas de proteção, casos de Covid voltam a crescer exponencialmente no Vale

04/11/2023 | Tempo de leitura: 2 min

Os números comprovam: o perigo ainda está no ar. Dados oficiais das três maiores cidades do Vale do Paraíba mostram que a região enfrenta uma nova escalada de casos de Covid-19.

Em São José dos Campos, o número de registros positivos da doença passou de 219 em agosto para 937 em setembro, um aumento de 328%. Para outubro, a alta foi ainda maior, de 391%, com 4.602 contaminados. Foram duas mortes em agosto, quatro em setembro e quatro em outubro.

Em Taubaté, o número de casos passou de 175 em agosto para 626 em setembro, um crescimento de 257%. E nova alta para outubro, de 166%, com mais 1.667 registros positivos. Foram duas mortes em agosto, uma em setembro e seis em outubro.

Em Jacareí, o número de casos passou de 36 em agosto para 119 em setembro, alta de 230%. E novo aumento, de 74%, para outubro, com 207 registros. Foram três mortes nos últimos três meses.

Essa elevação no número de casos nos últimos meses tem se repetido em todo o Brasil. Segundo especialistas, isso tem ocorrido por dois fatores principais. Um deles é a presença de duas novas cepas em circulação no país.

O outro fator é que, devido à falsa sensação de que a pandemia acabou, a população tem abandonado os cuidados preventivos. Não à toa, já voltou à pauta a discussão sobre a adoção, novamente, de medidas para conter a transmissão do vírus. Nas últimas semanas, cidades do Paraná e de Minas Gerais retomaram a obrigatoriedade do uso de máscaras em unidades de saúde.

Outro fator que gera alerta é a baixa procura, em todo o país, pela vacina bivalente, que protege contra a cepa original e as subvariantes da ômicron. Em São José, por exemplo, menos de 20% do público-alvo da bivalente tomou a dose.

A vacina é a forma mais eficaz de se proteger contra a doença. Na última semana, o Ministério da Saúde anunciou que, a partir de 2024, a imunização contra a Covid passará a ser anual para crianças e grupos prioritários.

Em 2020, no início a pandemia, o desconhecimento sobre o vírus e a falta de uma vacina permitiram que a Covid matasse milhões de pessoas no mundo. Agora, temos estudos avançados sobre a doença e imunizantes eficazes. Basta que cada um faça sua parte.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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