A Ilha Anchieta, patrimônio natural, histórico e cultural de Ubatuba, tem agora um albergue e serviços de ecoturismo, como alimentação e passeios. A nova instalação foi conseguida com uma permissão em abril deste ano, com a assinatura do Termo de Permissão de Uso dos Serviços de Ecoturismo do Peia pela Fundação Florestal.
A empresa Ebram Fiori Hostels, dona do hostel Green Haven Anchieta, foi vencedora do processo para permissão de uso por dez anos. O contrato prevê, entre outras medidas, serviços de pernoite e alimentação.
A comercialização deve priorizar pescados e frutos do mar obtidos pela pesca artesanal e produtos que favoreçam a proteção da Mata Atlântica. A operadora deve, ainda, orientar os frequentadores e promover campanhas educativas acerca do uso de plásticos descartáveis e descarte correto dos resíduos. Também disponibilizará às redes públicas de ensino municipais e estaduais períodos para visitação, com hospedagem e pensão completa gratuita. O parque recebe, em média, cerca de 40 mil visitantes por ano.
Inauguração do hostel
O albergue foi inaugurado em setembro deste ano. As instalações ficam em três edifícios históricos na Praia do Sapateiro, que recebem até 70 pessoas em acomodações compartilhadas e privativas.
Trata-se de sete dormitórios compartilhados para até 28 pessoas, que compartilham a área com sala de estar, lavandaria e churrasqueira. O preço das diárias é de R$150 em média por pessoa, com café da manhã incluído.
Dentre as acomodações privativas, existem opções para duas, três, quatro e seis pessoas. As diárias partem de R$500 por casal, também com café da manhã incluso. As reservas são feitas pelo próprio Green Haven Ilha Anchieta.
Passeios turísticos
As trilhas, pontos de mergulho, mirantes e outros atrativos podem ser apreciados por conta própria ou com acompanhamento de monitores, a depender do passeio.
Visitas às Ruínas do Presídio, à Capela Bom Senhor Jesus da Ilha Anchieta e ao antigo cemitério da ilha, por exemplo, não requerem a presença de guias.
De acordo com a Prefeitura de Ubatuba, a proposta é trazer parceiros do segmento de serviços de ecoturismo para melhorar a experiência do visitante, aproximando-o da natureza. Isso deverá ser feito de maneira regrada e conforme ao plano de manejo que define a capacidade máxima de pessoas por dia na ilha e evita o aumento da prática de turismo predatório.
A prefeitura explicou que não se trata de concessão, mas permissão de uso. O acordo não abrange as praias e não torna possível a ocupação das ruínas do presídio ou a construção de um hotel na ilha, mas apenas o uso das estruturas que já eram destinadas à hospedagem de poucos indivíduos, mas que agora serão abertas ao público.
