PREVIDÊNCIA

Regras de transição: com parecer contrário de comissões, projeto da oposição é arquivado

Regras de transição estabelecidas pela reforma de 2022 entrarão em vigor em São José em maio de 2024, mas vereadores da oposição queriam ampliar esse prazo em mais dois anos

Por Julio Codazzi | 27/10/2023 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

Cleverson Nunes/CMSJC

Plenário da Câmara de São José dos Campos
Plenário da Câmara de São José dos Campos

Dominadas pela base aliada ao governo Anderson Farias (PSD), as comissões de Justiça, Redação e Direitos Humanos e de Economia, Finanças e Orçamento emitiram pareceres contrários ao projeto da oposição que visava postergar por dois anos a entrada em vigor das novas regras de transição estabelecidas pela Reforma da Previdência de maio de 2022. Com isso, a proposta será arquivada pela Câmara de São José dos Campos, sem passar por votação em plenário.

Pela Comissão de Justiça, o relator foi o vereador Zé Luís (PSD), que alegou que o projeto tinha vício de iniciativa, pois apenas o prefeito poderia apresentar propostas dessa natureza. O voto foi acompanhado por Robertinho da Padaria (Cidadania). Já Walter Hayashi (União) se manifestou a favor do projeto.

Pela Comissão de Economia, o relator foi o vereador Juvenil Silvério (PSD), que também apontou vício de iniciativa. O voto foi acompanhado por Rafael Pascucci (PTB) e Roberto Chagas (PL).

PROJETO.
A reforma definiu novas idades mínimas para aposentadoria dos servidores municipais, além de alterar o cálculo dos valores de aposentadoria e da pensão por morte. As regras de transição definem como os funcionários que já estavam no serviço público em maio de 2022 irão se adequar às novas regras.

Pela reforma, as novas regras entrarão em vigor em dois anos - ou seja, em maio de 2024. Pela proposta de cinco vereadores da oposição - Dr. José Claudio (PSDB), Amélia Naomi (PT), Dulce Rita (PSDB), Fernando Petiti (MDB) e Juliana Fraga (PT) -, isso ocorreria apenas em maio de 2026.

No texto, os parlamentares alegavam que a mudança era necessária pois o projeto aprovado em 2022 não trouxe "estudos técnicos" sobre a situação do sistema previdenciário municipal e também sobre o "impacto social" que a reforma teria nos servidores. O adiamento do início da vigência, segundo os autores, permitiria que o próximo prefeito e os próximos vereadores promovessem "pertinentes estudos técnicos" sobre o tema, "para que não haja sombra de injustiça".

Receba as notícias mais relevantes de Vale Do Paraíba e região direto no seu WhatsApp
Participe da Comunidade

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.