SEM SAÍDA

Com bebê de 11 meses, casal foi demitido pela GM: 'agora não sabemos mais o que fazer'

Pais de bebê, de 11 meses, usaram body infantil dado pela empresa para protestar

Por Lara Salles | 28/10/2023 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

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Divulgação

Ato representa revolta e apelo dos funcionários para serem recontratados

João Pedro Vicente, de 30 anos, e a esposa Julia Castro, de 24 anos, foram um dos presentes na manifestação realizada na portaria da General Motors de São José dos Campos nesta quarta-feira (25). Pais de um bebê de 11 meses, eles usaram o body infantil que ganharam da empresa quando souberam da vinda do filho para gravar as frases "Sem auxílio creche" e "Meus pais foram demitidos".

João Pedro conta que o casal estava de layoff (período de inatividade) para cuidar do filho recém-nascido e que foram pegos de surpresa com as demissões. "No começo foi tudo muito confuso, estávamos de layoff porque nosso filho apresentou dificuldades para pegar a mamadeira e no sábado recebemos um telegrama de forma desumana e desrespeitosa informando a demissão. Somos recém-casados, temos um filho para criar e agora não sabemos o que vamos fazer sem o auxílio creche. É uma sensação de impotência e injustiça muito grande, estamos todos muito decepcionados e tentando passar forças uns para os outros", disse.

NOVOS ATOS

Um novo protesto será realizado na quinta-feira (26), às 9 horas, na sede Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, na Rua Maurício Diamante, e seguirá pelo centro da cidade.

Sobre o assunto, o vice-presidente do Sindicato, Valmir Mariano, reforçou que a greve é um ato de revolta e de apelo dos funcionários, que representam 20% da empresa, para serem recontratados. “O varal de uniformes simboliza a luta em defesa dos empregos e chama a atenção da sociedade para que todos se unam a essa mobilização. Seguiremos firmes na greve e na batalha para cancelar os cortes arbitrários”, afirma.

REUNIÃO COM GOVERNO

Após cobrança dos sindicatos dos metalúrgicos que representam os trabalhadores da GM em São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes, o Governo de São Paulo agendou uma reunião com as entidades. O encontro foi realizado nesta quarta-feira (25), às 17 horas, com o secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo, Samuel Yoshiaki Oliveira Kinoshita. As entidades informaram que ainda aguardam retorno sobre a reunião com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Os três sindicatos também enviaram carta ao governo Lula (PT), solicitando reunião com a Presidência e o Ministério do Trabalho em caráter de urgência para discutir medidas em socorro dos trabalhadores.

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7 COMENTÁRIOS

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Laurence Benatti
03/11/2023

Seguro desemprego enquanto não acha um novo serviço. Sindicatos só servem para isso, provocar tumulto e demissões.
Vera Lúcia da Silva Barbosa
01/11/2023

O POVO já devia esperar o rumo das coisas que estão acontecendo, esperavam o que desse Governo atual????
Ari Salles Júnior
31/10/2023

Não adianta chorar agora! Tem que procurar outro emprego uai.
Altair Francisco de Carvalho Goncalves
30/10/2023

Todo ano é assim mesmo,,as montadoras lucram muito,,sempre lançando carros novos , nem chegam a lançar um,,já vem outro atrás,dão um pulo maior que a perna,,trabalho em uma empresa de autopeças,muito conhecida na região de Taubaté,,estava bombando o ano inteiro,,aí vem uma montadora,e alega queda nas vendas,,e abala as autopeça,não sabemos o que vai acontecer conosco ainda,,tomara que tenha um acordo,
APARECIDA HISSAKO ARAKI
30/10/2023

Zombar dos demitidos falando que é porquê fizeram o L é ser insensível com os problemas alheios. Se Bolsonaro estivesse no poder estaria acontecendo as mesmas demissões. Neste caso a zombaria seria porque fizeram Arminha ???? ?? Façam me o favor. Demissões nas montadoras acontecem todos os anos. Vamos ter um pouco mais de empatia .
Edgar
28/10/2023

Ficar chorando não vai adiantar. A empresa precisa dar lucros, SE VCS FIZERAM O \"L\", aguarde pois vai piorar.
Sergio Oliveira
28/10/2023

A Ford foi embora e a GM será será a próxima, demitirão todo mundo, e a evolução, as chinesas dos carros elétricos dominarão o mercado automotivo do país em no máximo 4 anos, é uma situação irreversível. Sugiro aos demitidos da GM mandarem currículos para as chinesas BYD e GWM ou mudarem de ramo, como eu fiz, troquei um emprego em uma montadora para empreender no ramo de alimentação e hoje ganho 2x nais