INFLAÇÃO

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Viagens de fim de ano têm busca alta, mesmo com turismo caro

Viagens de fim de ano têm busca alta, mesmo com turismo caro

Mesmo com tímida redução neste ano, o preço das passagens aéreas se mantem alto, mas quem pretende viajar em dezembro se planeja

Mesmo com tímida redução neste ano, o preço das passagens aéreas se mantem alto, mas quem pretende viajar em dezembro se planeja

Por Nathália Sousa | 19/10/2023 | Tempo de leitura: 2 min

Por Nathália Sousa


19/10/2023 - Tempo de leitura: 2 min

Divulgação

As passagens aéreas ficaram mais caras nos últimos anos, mas a procura por viagens está alta neste ano e deve se manter até dezembro

Mesmo que ainda haja impacto da inflação no turismo, sobretudo nas passagens aéreas, a procura por viagens para o fim do ano está aquecida. De acordo com o índice de preços ao consumidor (IPCA), de janeiro a setembro deste ano, entre altas e baixas, as passagens aéreas acumulam queda de 5,64%. O resultado anima, mas ainda está longe do ideal, visto que no ano passado as passagens tiveram alta de 23,53% e de 17,59% em 2021.

Ainda assim, o turismo no país vem bem neste ano, inclusive com a vinda de estrangeiros. Para brasileiros, também há movimentação, e o fim do ano, que costuma ter boa procura, não deve ser diferente em 2023. Consultora de turismo da agência For You, Tânia Brasil Muzaiel fala sobre o momento. "Aumentou a procura para viagens no fim do ano, em comparação ao ano passado, mas as pessoas de fato se anteciparam, vêm fechando pacotes desde o primeiro semestre. Em agosto e setembro teve bastante gente procurando, tanto para destino nacional quanto internacional."

Por conta dos preços mais elevados, há quem repense destinos, a fim de fugir um pouco da inflação do transporte aéreo. Tânia cita como exemplo a viagem para Orlando, nos Estados Unidos, que tem passagens custando R$ 11 mil por pessoa em janeiro. O valor costumava corresponder a pacotes completos. E os perfis são diferentes, mas, neste cenário, cruzeiros têm certa vantagem. "A procura por cruzeiro é pela comodidade, tem alimentação inclusa, entretenimento, não precisa ficar fazendo check-in e check-out. Tem mini cruzeiro, que vai até Ilhabela ou desce até o começo do Sul, em Balneário Camboriú, e cruzeiro de sete dias para o Nordeste. A temporada vai até o fim de março e tem promoção de cruzeiro pela costa do Brasil, mas alguns já estão sem disponibilidade."

Mesmo faltando pouco tempo para o término do ano, Tânia diz que ainda é possível fechar pacotes para o período, mas que também já há procura, de quem planeja mais as viagens, para outras datas em 2024, como Carnaval e Páscoa. "Nacional é mais procura para o Nordeste no fim do ano. Já para destino internacional, fica entre Portugal, Espanha e França. Mas, por causa da guerra, passageiros estão repensando a viagem para a Europa. Tenho passageiros que estão na Espanha neste momento, aproveitando, mais 30 embarcando para a Itália. Mas, na França, estão fechando os principais pontos turísticos, então acredito que algumas pessoas tenham receio e isso intensifique procura por destino nacional", avalia.

Uma pesquisa do IPC Maps aponta que o turismo nacional deve movimentar R$ 82,7 bilhões até o fim do ano. O valor estimado tem alta de 9,6% em relação ao ano passado, quando o setor foi responsável pela movimentação de R$ 75,5 bilhões.

Mesmo que ainda haja impacto da inflação no turismo, sobretudo nas passagens aéreas, a procura por viagens para o fim do ano está aquecida. De acordo com o índice de preços ao consumidor (IPCA), de janeiro a setembro deste ano, entre altas e baixas, as passagens aéreas acumulam queda de 5,64%. O resultado anima, mas ainda está longe do ideal, visto que no ano passado as passagens tiveram alta de 23,53% e de 17,59% em 2021.

Ainda assim, o turismo no país vem bem neste ano, inclusive com a vinda de estrangeiros. Para brasileiros, também há movimentação, e o fim do ano, que costuma ter boa procura, não deve ser diferente em 2023. Consultora de turismo da agência For You, Tânia Brasil Muzaiel fala sobre o momento. "Aumentou a procura para viagens no fim do ano, em comparação ao ano passado, mas as pessoas de fato se anteciparam, vêm fechando pacotes desde o primeiro semestre. Em agosto e setembro teve bastante gente procurando, tanto para destino nacional quanto internacional."

Por conta dos preços mais elevados, há quem repense destinos, a fim de fugir um pouco da inflação do transporte aéreo. Tânia cita como exemplo a viagem para Orlando, nos Estados Unidos, que tem passagens custando R$ 11 mil por pessoa em janeiro. O valor costumava corresponder a pacotes completos. E os perfis são diferentes, mas, neste cenário, cruzeiros têm certa vantagem. "A procura por cruzeiro é pela comodidade, tem alimentação inclusa, entretenimento, não precisa ficar fazendo check-in e check-out. Tem mini cruzeiro, que vai até Ilhabela ou desce até o começo do Sul, em Balneário Camboriú, e cruzeiro de sete dias para o Nordeste. A temporada vai até o fim de março e tem promoção de cruzeiro pela costa do Brasil, mas alguns já estão sem disponibilidade."

Mesmo faltando pouco tempo para o término do ano, Tânia diz que ainda é possível fechar pacotes para o período, mas que também já há procura, de quem planeja mais as viagens, para outras datas em 2024, como Carnaval e Páscoa. "Nacional é mais procura para o Nordeste no fim do ano. Já para destino internacional, fica entre Portugal, Espanha e França. Mas, por causa da guerra, passageiros estão repensando a viagem para a Europa. Tenho passageiros que estão na Espanha neste momento, aproveitando, mais 30 embarcando para a Itália. Mas, na França, estão fechando os principais pontos turísticos, então acredito que algumas pessoas tenham receio e isso intensifique procura por destino nacional", avalia.

Uma pesquisa do IPC Maps aponta que o turismo nacional deve movimentar R$ 82,7 bilhões até o fim do ano. O valor estimado tem alta de 9,6% em relação ao ano passado, quando o setor foi responsável pela movimentação de R$ 75,5 bilhões.

Tânia Brasil Muzaiel tem clientes que mudaram o destino da viagem

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