A guerra em Israel, além da guerra em andamento na Ucrânia, são eventos que nos trazem grandes questionamentos a respeito do futuro do mundo, e consequente insegurança e temor. É muito natural a preocupação, e também a indignação diante de violência brutal e tanta dor. Apesar da grande sensação de insegurança, e da consequente paralisia que nos acomete, será importante um esforço para vencer a perplexidade e nos mover para atravessar tempos como esse.
Em primeiro lugar, precisamos nos lembrar da presença do Eterno Deus, que jamais aprova tais acontecimentos e decisões humanas como as que levam à guerras, e está sempre ao alcance de um coração apavorado para estender forças e resiliência. As Escrituras trazem uma oração que podemos fazer: Ouve, Senhor, a minha oração, dá ouvidos à minha súplica; responde-me por tua fidelidade e por tua justiça (Salmos 143:1). O salmista Davi expressou-se assim: Quanto a mim, sou pobre e necessitado, mas o Senhor preocupa-se comigo. Tu és o meu socorro e o meu libertador; meu Deus, não te demores! (Salmos 40:17).
Em segundo lugar é necessário dar lugar à profunda compaixão, ouvindo, abraçando e ajudando em pequenas e grandes coisas. As ações aqui e agora, onde estamos, nos situam dentro do que podemos fazer, e está ao nosso alcance. Assim nós resgatamos e proclamamos a humanidade, e o necessário coração conectado à nossa essência: somos feitos para amar e respeitar. Será necessário fazer mais gentilezas para o vizinho, para o caixa do mercado, para o professor, e para a família. Mais do que nunca precisamos ouvir e abraçar. Esse é o momento para nos unirmos, e demonstrarmos mais e mais respeito e graça uns aos outros, de perto e de longe. Essa semana respire muito fundo e faça mais gentilezas do que já fez semana passada. Prossigamos amando mais do que nunca.