"A dor é muito grande".
Com o amargo do luto, Daniela Lurdes tenta explicar em palavras o tamanho e a profundidade da dor pela morte de sua irmã, a professora Helena Cristina Silva André, 48 anos, de São José dos Campos, que foi assassinada no dia 23 de setembro, em um canavial de Caçapava, na estrada do Tijuco Preto. O corpo, encontrado carbonizado, foi reconhecido três dias depois. Para a família, a professora era uma "mãe".
"A dor da sua partida não tem tamanho. Faz 10 dias que não tenho mais o seu bom dia, bom trabalho, seus vídeos, sua voz. Sei que você está olhando por mim. Você foi e sempre será minha mãe, por perdemos a nossa tão novas, e você cuidou de mim desde então. Minha irmã a dor está muito aqui", postou Daniela nas redes sociais.
Informações preliminares dão conta que a professora, que era professora da Escola de Tecelagem e morava na zona norte de São José, havia vendido um imóvel e estava em posse do dinheiro da transação -- o valor não foi informado. Além disso, Helena mantinha um relacionamento com um homem que havia conhecido na internet. Em suas postagens, a irmã lembra como a professora era "inocente" e que "nunca fez mal a ninguém".
"Uma mulher adulta consciente de seus atos, porém muito inocente em suas emoções. Nunca fez mal a um ser de luz. Mais assim fizeram contra ela. Kita, você é muito importante para mim. Sua luz não vai se apagar jamais. Suas semente foram plantadas aqui na terra e estão sendo colhidas. Amor eterno, amor, gratidão por você minha rainha. Do sorriso iluminado", escreveu a irmã.
Daniela ainda perde perdão por não ter conseguido proteger a sua 'rainha'. "Kita, desculpa por não ter conseguido te proteger desta vez, minha doce e amada irmã. Estou me sentindo tão pequena diante deste mundo (...) Perdão, porque não fomos capazes de reconhecer o perigo. Por trás da maldade do ser humano", desabafou a irmã da professora.
Helena, que era natural de Três Rios (RJ), havia conhecido um homem pelas redes sociais com o qual mantinha relacionamento. A Polícia Civil de Caçapava investiga o crime. Em seu perfil no Facebook, a professora falava sobre fé e determinação. "Nunca perca sua essência, nem sua vontade de vencer, mais nunca perca nem abandone sua Fé, pois ela é a coluna da nossa existência", postou Helena.