TAUBATÉ

Mães se unem e pedem providências após casos de violência em escola; aluna foi mordida

Por Gabriel Campoy | Taubaté
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução
Aluna afirma ter sido mordida no pescoço por estudante dentro da escola
Aluna afirma ter sido mordida no pescoço por estudante dentro da escola

Um grupo de mães de alunos de uma escola municipal de Taubaté se uniu para cobrar providências após episódios de agressão e ameaça por parte de um estudante de 12 anos. O caso mais grave ocorreu no dia 22 de setembro, quando uma menina da mesma idade levou uma mordida e foi puxada para dentro de um banheiro. As famílias cobram providências, temendo uma escalada de violência.

Os casos ocorreram na EMEF (Escola Municipal do Ensino Fundamental) Juvenal da Costa e Silva e foram levados à direção. OVALE teve acesso a um boletim de ocorrência registrado pela mãe da aluna mordida no último dia 22, durante a educação física.

Após a mordida, o garoto ainda teria tentado levar a garota agredida para dentro do banheiro, o que foi evitado por outras meninas que passavam pelo local e impediram a ação, de acordo com o relatado no BO. Esse não teria sido sido o primeiro episódio de agressão. No BO, mãe e filha afirmam que o adolescente aparece quase que diariamente em frente à casa delas e chama pelo nome da estudante.

Além do BO, foi feito exame de corpo de delito, que comprovou a existência de uma lesão na área mordida pelo aluno. A reportagem teve acesso ao documento.

A mãe de uma das meninas que impediu a ida da jovem ao banheiro com o suposto agressor falou com a reportagem e chamou de ‘obsessão’ a forma com que o menino trata a garota agredida. Além disso, ela relatou que episódios de ‘passar a mão’ nas meninas e de ameaçar fisicamente os garotos é recorrente.

“O menino tem um comportamento agressivo com os meninos e assediador com as meninas. Ele bate, coage, briga. Com as meninas tem a história de ficar passando a mão nelas e tudo mais. Com uma garota em específico [a jovem agredida] a situação chegar a ser uma obsessão”, disse.

No último dia 25, foi realizada uma reunião com a diretora do colégio e uma representante da Secretaria da Educação, responsável pela gerência da unidade escolar. Segundo ela, há uma dificuldade em conter as ações do jovem. Ela relata que a direção afirma sequencialmente a necessidade do suposto agressor tomar remédios.

“A gente fala direto com a direção, até porque não é primeira vez que isso acontece, mas a dificuldade é imensa. Eles chegaram a mandar nossas filhas embora no dia do incidente e resguardar o garoto”, afirmou a mãe que, na sequência, revela ainda um episódio que, segundo ela, foi ‘assustador’ para os outros colegas de classe do jovem. “Esse menino já chegou a tirar a lamina do apontar e se cortar com ela. Isso deixou todos apavorados”, complementou.

Em nota, a Prefeitura de Taubaté informou, através da Secretaria de Educação, que o caso está sendo acompanhando pela EADE (Equipe de Apoio à Diversão Escolar) e que as imagens das câmeras de segurança do colégio estão sendo analisadas. Confira abaixo a nota na íntegra.

"A Prefeitura de Taubaté, por meio da Secretaria de Educação informa que o caso está sendo acompanhando pela Equipe de Apoio à Diversidade Escolar – EADE Pertença e que as imagens da câmera de segurança da EMEF Prof. Juvenal da Costa e Silva estão sendo analisadas para averiguação dos fatos. Informa, ainda, que todas as medidas necessárias estão sendo adotadas."

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