
Um grupo de mães de alunos de uma escola municipal de Taubaté se uniu para cobrar providências após episódios de agressão e ameaça por parte de um estudante de 12 anos. O caso mais grave ocorreu no dia 22 de setembro, quando uma menina da mesma idade levou uma mordida e foi puxada para dentro de um banheiro. As famílias cobram providências, temendo uma escalada de violência.
Os casos ocorreram na EMEF (Escola Municipal do Ensino Fundamental) Juvenal da Costa e Silva e foram levados à direção. OVALE teve acesso a um boletim de ocorrência registrado pela mãe da aluna mordida no último dia 22, durante a educação física.
Após a mordida, o garoto ainda teria tentado levar a garota agredida para dentro do banheiro, o que foi evitado por outras meninas que passavam pelo local e impediram a ação, de acordo com o relatado no BO. Esse não teria sido sido o primeiro episódio de agressão. No BO, mãe e filha afirmam que o adolescente aparece quase que diariamente em frente à casa delas e chama pelo nome da estudante.
Além do BO, foi feito exame de corpo de delito, que comprovou a existência de uma lesão na área mordida pelo aluno. A reportagem teve acesso ao documento.
A mãe de uma das meninas que impediu a ida da jovem ao banheiro com o suposto agressor falou com a reportagem e chamou de ‘obsessão’ a forma com que o menino trata a garota agredida. Além disso, ela relatou que episódios de ‘passar a mão’ nas meninas e de ameaçar fisicamente os garotos é recorrente.
“O menino tem um comportamento agressivo com os meninos e assediador com as meninas. Ele bate, coage, briga. Com as meninas tem a história de ficar passando a mão nelas e tudo mais. Com uma garota em específico [a jovem agredida] a situação chegar a ser uma obsessão”, disse.
No último dia 25, foi realizada uma reunião com a diretora do colégio e uma representante da Secretaria da Educação, responsável pela gerência da unidade escolar. Segundo ela, há uma dificuldade em conter as ações do jovem. Ela relata que a direção afirma sequencialmente a necessidade do suposto agressor tomar remédios.
“A gente fala direto com a direção, até porque não é primeira vez que isso acontece, mas a dificuldade é imensa. Eles chegaram a mandar nossas filhas embora no dia do incidente e resguardar o garoto”, afirmou a mãe que, na sequência, revela ainda um episódio que, segundo ela, foi ‘assustador’ para os outros colegas de classe do jovem. “Esse menino já chegou a tirar a lamina do apontar e se cortar com ela. Isso deixou todos apavorados”, complementou.
Em nota, a Prefeitura de Taubaté informou, através da Secretaria de Educação, que o caso está sendo acompanhando pela EADE (Equipe de Apoio à Diversão Escolar) e que as imagens das câmeras de segurança do colégio estão sendo analisadas. Confira abaixo a nota na íntegra.
"A Prefeitura de Taubaté, por meio da Secretaria de Educação informa que o caso está sendo acompanhando pela Equipe de Apoio à Diversidade Escolar – EADE Pertença e que as imagens da câmera de segurança da EMEF Prof. Juvenal da Costa e Silva estão sendo analisadas para averiguação dos fatos. Informa, ainda, que todas as medidas necessárias estão sendo adotadas."