PRISIONAL

Penitenciárias do Vale do Paraíba abrigam 18% a mais de homens do que a capacidade total

Por Xandu Alves | São José dos Campos
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Reprodução
Situação é mais grave na penitenciária 1 de Tremembé
Situação é mais grave na penitenciária 1 de Tremembé

O sistema prisional do Vale do Paraíba abriga 18% a mais em presos do que a sua capacidade, de acordo com números oficiais da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária).

O excedente é de 1.236 presos e a situação só não é pior em razão das unidades femininas, que operam com 32% abaixo da capacidade, o que refletiu positivamente na estatística do sistema.

As nove unidades masculinas têm capacidade para 9.301 presos e abrigam atualmente 10.981, 18% acima da capacidade. O excedente é de 1.680.

As três penitenciárias femininas podem abrigar 1.392 detentas e têm uma população de 948, com 444 vagas disponíveis.

A situação é mais grave na penitenciária 1 de Tremembé (675 presos a mais e 45% acima da capacidade), na Potim 1 (367 / 43%) e na unidade 2 de Potim (423 / 39%).

Entre as unidades provisórias, o CDP de Caraguatatuba é o mais lotado, com 134 presos a mais do que pode comportar (15,8%) e depois o CDP de Taubaté (98 / 11,6%). O CDP de São José opera abaixo da capacidade, com 512 presos podendo abrigar 552.

“Deveria haver ao menos um agente a cada cinco presos, mas não vemos isso nas unidades. O clima de trabalho é de tensão”, disse Fábio Ferreira, o ‘Jabá’, presidente da Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo).

A entidade estima um déficit de 30% no número de agentes penitenciários no sistema prisional paulista.

Por segurança, o número de profissionais que atuam nos presídios não é divulgado pela SAP.

“Só quem trabalha lá dentro sabe o quanto o risco existe. A gente opera numa situação sempre limite, estressante”, contou um agente penitenciário da região.

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