Pessoas são só pessoas; são de carne e osso. Ao encontrá-las, estamos encontrando também toda uma historia, com acontecimentos bons e ruins, com falas e com fatos que compõe a sua trajetória, e além de tudo isso, com um organismo que pode estar sentindo dor. Encontramos muitas coisas ao olhar no rosto de alguém.
Por outro lado, também carregamos muitas coisas ao nos encontrarmos com uma pessoa. Levamos todas as nossas histórias, todas as conversas, todos os acontecimentos, todos os aprendizados. Nós somos tudo aquilo que vivemos durante muito tempo, e tudo isso caminha conosco.
Então, os encontros podem ser suaves e agradáveis, mas também podem ser colisões. Tudo depende de tantas coisas. Mas será que nosso olhar muda se levarmos em conta que sempre há uma causa? As sensações surgem de algum motivo; se a pessoa à minha frente está mostrando que não está bem, revela ira, incompreensão, dureza, eu posso procurar, e vou encontrar razões para além daquele momento onde as coisas explodem.
O Deus Eterno nos falou, nas Sagradas Escrituras, princípios sobre o segundo olhar em situações de tensão: Livrem-se de toda amargura, raiva, ira, das palavras ásperas e da calúnia, e de todo tipo de maldade. Em vez disso, sejam bondosos e tenham compaixão uns dos outros, perdoando-se como Deus os perdoou em Cristo (Efésios 4:31-32). Um olhar um pouco mais amplo nos ajuda nos relacionamentos. Fazer perguntas sinceras com interesse genuíno, procurando ver para além da grosseria o motivo que a provoca, pode trazer a oportunidade de mudar a atmosfera. Podemos ser aqueles que não a perpetuam, mas que transformam. Quem sabe, na próxima vez que alguém for grosseiro, ao invés de sermos grosseiros na mesma medida ou pior, podemos trazer uma atmosfera de compreensão que traga remédio e respeito a partir de nós. Porque pessoas são só pessoas. Elas são de carne e osso.