Um dos mitos que derrubo junto as minhas clientes e alunas do Estilize-se (meu curso onde trabalhamos seu estilo, imagem, intencionalidade do vestir-se e muito mais) é o tal do “todo mundo fica bem de preto” - o que não é verdade, assim como “qualquer coisa coloca um sapato (bolsa, blazer) preto que fica tudo certo” ser quase uma blasfêmia.
Apesar de o preto ser uma cor neutra e universal, o que a maioria das pessoas tem como certeza absoluta, que é que o preto combina com tudo e fica bem em todo mundo, não é verdade.
Esses e outros mitos relacionados as cores ficam cada vez mais evidentes com a relevância e popularização da análise de coloração pessoal. Mas é preciso entender que essa análise é apenas uma ferramenta da Consultoria de Imagem – muito eficiente é verdade – mas é uma parte do conjunto de ferramentas que a Consultoria de Imagem traz e que não pode ser tratada (a análise ou o produto dela, a cartela) como algo mais importante que a própria identidade visual ou os seus desejos em relação a sua imagem.
Tenho observado um certo aprisionamento em relação à cartela pessoal - é um tal de “só uso as cores da minha cartela” - que o resultado de uma análise que tem tudo para ser algo libertador e amplo, se torna algo fechado, restrito e até frustrante.
A coloração pessoal é a etapa responsável por mapear e identificar quais as melhores cores para cada um de nós.
E podemos entender essas “melhores cores” como as definições de tons específicos que vão melhor emoldurar nosso rosto (valorizar a ossatura, lendo inclusive as sombras projetadas por essa estrutura), harmonizando e ressaltando a coloração natural da pele (cor e textura), olhos, cabelo, dentes, lábios e camuflando manchinhas, olheiras, rugas, etc.
Mas o processo vai além, já que as cores podem influenciar nosso humor, nossa percepção das coisas, nossa autoestima - sendo uma ótima aposta para nossa comunicação não verbal. É fundamental pensar no significado e na psicologia das cores e não somente na “ficar mais bonita” quando pensamos na intencionalidade do vestir-se
E é aqui que entra um ponto importantíssimo na análise: envolver a cliente no processo, pois o conceito de beleza é relativo (há pessoas que amam sardas e pessoas que não gostam, por exemplo) e é estritamente necessário levar em consideração o conceito e as intenções da própria pessoa quanto a sua imagem.
Quando isso é feito, os benefícios são imediatos, no visual projetando melhor aparência de acordo com o conceito de beleza da cliente, no emocional aumentando a autoconfiança, e no econômico através de escolhas mais racionais e assertivas.
Conhecendo mais essa ferramenta (através de profissionais realmente qualificados para tal) você entenderá a frase “a vida tem a cor que a gente pinta e vale utilizar todas as cores do estojo”.