O tempo é um presente. Recebemos cada minuto de forma gratuita e renovada. No entanto, é um presente que não se pode guardar. Ele vem, chega e passa, sem nenhuma chance de retorno. Será que poderíamos fazer melhor uso dele?
Às vezes gastamos os minutos pensando no que já se foi. Coisas que fizeram conosco, coisas que aconteceram sem que pudéssemos controlar, pessoas que vieram, falaram, e foram embora, e também as coisas que nós fizemos, as vezes muito boas, outras vezes não. Bem, o passado sempre é um lugar de experiência. Aprendemos com ele, e muito! Aprendemos o que é bom, e o que não é, o que devemos fazer, e o que não devemos fazer. Recebemos muitas informações que nos devem ser úteis, e não destrutivas. O passado deve ser esse lugar de ver, verificar, aprender, e prosseguir para ser melhor. O problema é quando ele vira uma espécie de areia movediça, que prende e não deixa prosseguir. Nesse modo, ele se torna o que não deveria ser...
Outras vezes gastamos os minutos pensando no que virá. Ficamos horas imaginando como vai ser, o que devemos dizer, como as coisas precisam acontecer, e o que de terrível pode acontecer. Olhar para o futuro é necessário, pois planejamento e preparação são necessários para boas escolhas que nos ajudarão em muitos sentidos. Mas, gastar tempo imaginando o que talvez nunca aconteça e planejando o incontrolável pode nos demandar uma energia tão grande que até o nosso corpo pode vir a sofrer.
O convite é usar os nossos minutos com o aqui e agora. Respirar mais fundo e olhar a chuva, através da janela, por alguns segundos. Dar uma boa espreguiçada. Brincar um pouco com o pet, com uma bolinha, ou com um lápis de cor. Estar totalmente presente em uma conversa com alguém, sem olhar para o celular. Fazer a refeição em família ou sozinho ou com amigos aproveitando os sabores, e recebendo os nutrientes intencionalmente. Decidir não controlar o incontrolável. Decidir viver o hoje, e no hoje, o agora, sem deixar ele passar despercebido ou ser atropelado pelo amanhã, muito menos ser roubado pelo ontem.
As Escrituras Sagradas ensinam uma oração necessária: Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria (Salmos 90:12). Olhar para o aqui e agora de um modo que nos ajude é uma sabedoria que cura. O Eterno nos leva por esse caminho com Sua mão graciosa, enquanto nos presenteia todos os dias com novos minutos. Assim, vamos seguindo, contando os dias com sabedoria. Amém.
