FRAN GALVÃO

Barbie mania: surto coletivo, nostalgia da infância ou ainda efeito pós-pandemia?

Por FRAN GALVÃO | 22/07/2023 | Tempo de leitura: 3 min
Consultora de Imagem e Estilo

Confesso que ainda não consegui assistir ao filme da Barbie (pelo menos até a publicação desta coluna), apesar de quase um ano atrás ter escrito sobre a tendencia que seguiria junto ao filme - o Barbiecore - e na ocasião dizer que estava mais ansiosa pelo filme do que pela tendencia. E isso se mantem, já que não ajudei (e repito, pelo menos até a publicação desta coluna) a deixar ainda mais rosa nosso feed nas redes sociais. E não foi por falta de oportunidades ou directs que recebi perguntando como seria meu look dentro da tendencia Barbie mania.

Inspirado na boneca mais famosa e fashionista do mundo (e que confesso me acompanhou a infância toda), Barbiecore é o nome da estética definida principalmente por looks todo rosa e bastante femininos – de certa forma até exagerados. Muito já foi escrito, o abuso do rosa já está entre nós – de vitrines, a carros, comidas e muitas mais - já vejo algumas reclamações e até o questionamento se estaríamos vivenciando um momento de surto coletivo, de uma nostalgia da infância ou ainda, se seria, um efeito pós pandêmico. Minha aposta, um pouco de cada.

Mas trazendo o momento para a moda e pensando nas inúmeras ofertas em rosa que estamos sendo bombardeadas, fica a pergunta: como incluir o rosa no meu estilo? Quando apostar e quando não?

Cor é um elemento de grande impacto na nossa imagem, e existe sim a associação da cor rosa a algo romântico, delicado, frágil e até infantil. Pense na decoração de um quarto de menina – em 90% dos casos ele é rosa.

Mas a cor por si só não determina a mensagem do todo. E preciso pensar na matemática do visual, ou seja, cor + modelagem + detalhes + como foi coordenado e combinado e por vai. É possível construir um visual maduro, profissional, elegante e até sensual com a cor. Isso porque a linguagem de qualquer cor não determina a mensagem do todo. É sempre importante pensarmos no “conjunto da obra” quando pensamos no nosso visual e imagem projetada.

Por isso quem me segue nas redes sociais, é minha cliente ou aluna, já está cansada de me ouvir falar que “não é o que você usa, e sim, como você usa que faz toda a diferença”

 Se o rosa da cabeça aos pés não faz seu estilo, é possível adaptar a tendência a imagem que gostaríamos de transmitir. Se você quer começar com calma, uma excelente aposta será nos acessórios na cor rosa, de repente uma bolsa e até um belo sapato. Se a sua ideia é ousar um pouco mais, que tal eleger uma única peça de roupa rosa para chamar a atenção no visual, um blazer, uma jaqueta ou até um vestido – ficarão lindos e elegantes combinados com cinza, bege, camelo. Vale a aposta.

Ainda sobre moda, o guarda-roupa da Barbie no cinema atravessa seis décadas de moda, incluindo algumas peças vintage de grandes marcas como Chanel – só por isso já acho no mínimo encantador se render ao filme.

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