A Embraer encerrou a participação na Paris Air Show, uma das principais feiras de aviação do mundo, com 28 encomendas para seus aviões comerciais, os E-Jets.

O volume é três vezes superior aos pedidos do principal concorrente da fabricante brasileira, o avião A220 da Airbus, que saiu da feira com nove pedidos.

A Embraer anunciou na feira francesa dois novos pedidos firmes. Um veio da espanhola Binter Canarias, que confirmou a aquisição de mais seis jatos E195-E2, e o outro da companhia regional Envoy Air, dos Estados Unidos, que pediu mais sete modelos E175 de primeira geração.

Houve ainda a revelação da identidade de um comprador de 15 aeronaves E195-E2, até então mantido em sigilo. Trata-se da empresa de leasing Azorra. Com isso, a Embraer somou mais 28 pedidos em Paris e ficou em terceiro lugar no quadro geral de encomendas efetuadas no evento.

Na avaliação de Marcos Barbieri, professor de economia da Unicamp e especialista em indústria aeroespacial, a quantidade de aviões comerciais da Embraer encomendados no Paris Air Show está de acordo com o tamanho do segmento em que a fabricante brasileira atua e o contexto do cenário econômico global atual pós-pandemia.

“Hoje os jatos comerciais da Embraer têm praticamente somente um concorrente de peso, o Airbus. E nesse segmento, a Embraer está melhor que a Airbus. Seria um problema se a Airbus recebesse um grande pedido de A220 e a Embraer nenhuma encomenda. Mas isso não aconteceu”, disse ele ao site Airway.