A coincidência nos aproxima da tradição original das festas juninas que, no hemisfério norte, eram comemorações pagãs, de camponeses, em agradecimento pela colheita de bons frutos.
A sincronia da colheita e das festas acontece porque a nova vitivinicultura brasileira usa a semelhança das condições climáticas do nosso inverno com o verão europeu.
Graças à técnica da dupla poda, que altera o ciclo da videira, nossa colheita é realizada no inverno, um período mais propício, com amplitude térmica, dias ensolarados e noites frias, o que faz a uva atingir melhor maturação.
Com menos chuvas do verão tropical, reduz-se a incidência de doenças e podridão dos cachos, permitindo o avanço da maturação das uvas no campo.
Portanto, é chegada a hora da festa!
Após três meses de outono, a uva está pronta para sair do pé. Para quem tem o privilégio de acompanhar o processo nas vinícolas, a sensação de pertencimento ao abrir a garrafa é muito maior.
ONDE ACOMPANHAR
Opções para participar da festa dentro das plantaçõe são várias. Em Mucugê, na Chapada Diamantina, a baiana Uvva leva os visitantes para as etapas iniciais da produção dos vinhos. Ao longo de sete horas, o visitante participa da colheita e assiste as etapas iniciais da produção. O tour terminacomum almoço em meio aos vinhedos.É o próprio enólogo-chefe Marcelo Petrolique comanda o passeio.
Na Casa Verrone, as portas estarão abertas no primeiro final de semana de julho. Um farto bufê acompanha o processo. A vinícola Guaspari também tem programação específica para a vindima.
HARMONIZAÇÃO
A casta tempranillo, característica dos vinhos espanhóis, faz um vinho de corpo médio, muito propício a acompanhar petiscos - ou as famosas tapas espanholas. Por aqui, podemos escolher garrafas desta uva, já difundida entre os produtores do vinho de inverno, para acompanhar o nosso crocante e douradinho bolinho caipira.
