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OVALE é pioneiro na utilização de inteligência artificial

Por Daniela Borges |
| Tempo de leitura: 3 min

Antes do ChatGPT ganhar notoriedade,  OVALE foi pioneiro na utilização da IA para a produção de conteúdo relevante. Com a ajuda da MIA (Minha Inteligência Artificial), repórter virtual, reportagens e até entrevistas foram produzidas e publicadas com confiabilidade e isenção.

De acordo com o publicitário David Mendes, fundador da Papaya Comunicação e CEO da Agenzia Mkt, criador da MIA e conselheiro da ABRIA (Associação Brasileira de Inteligência Artificial) o impacto do uso dessas ferramentas é enorme já que otimiza muito as rotinas operacionais, repetitivas e que não necessariamente geram aprendizado e conhecimento. “Por exemplo, buscar informação sobre determinado tema em livro ou nos buscadores tradicionais (Google) leva um tempo enorme e também precisa de validação do dado. As Inteligências Artificiais conseguem acelerar esse tipo de atividade, deixando o usuário “disponível” para focar seu aprendizado em outras coisas”, pontua. “Óbvio que é um tema sensível, pois de certa forma gera uma “entrega” muito simples e sem esforço por parte de quem usa. Mas um comparativo interessante e provocante é a comparação entre o uso das escadas, sendo que existem os elevadores”, completa Mendes.

A otimização, aliás, é apontada por Mendes como um dos principais ganhos da IA. “O que temos que fazer é nos preparar para essas mudanças e adaptações. A ABRIA tem como missão equalizar todos os entendimentos que cercam o assunto”, define.

Para o publicitário, a IA pode contribuir em muitas frentes na Educação. “Imaginem termos sistemas capazes de ensinar e levar conhecimento para as populações carentes, que nem imaginam ter acesso à leitura e escrita. A IA consegue manter a memória do aprendizado e gerar cruzamento de informações de forma impensável para o ser humano e isso, no contexto da educação, pode sim representar uma evolução muito grande nos estudos, análises e descobertas em todos os aspectos”, aponta.

Assim como em outras tecnologias, Mendes chama a atenção para a regulamentação.  “Não ter regras é ruim, mas ter demais também pode atrapalhar o processo natural da evolução humana e tecnológica", diz.

Confiabilidade. Quando questionado se as respostas da IA são confiáveis, Mendes explica que em ambientes de IA abertos, as respostas em geral não são confiáveis. “Normalmente, se a IA não sabe uma resposta, ela inventa. Há casos em que a IA  foi utilizada numa defesa jurídica onde ela criou casos inexistentes que o advogado utilizou na corte”, exemplifica Mendes.

Desenvolvida pelo publicitário, a MIA se destaca justamente por possuir uma estrutura própria de IA com o objetivo de alcançar um controle maior sobre as respostas, com regras e conteúdos treinados, garantindo a confiabilidade do resultado. “Dentro do ambiente escolar, o ideal seria ter um modelo fechado e treinado especificamente para os assuntos em questão, além de ter um set que impeça a invenção de respostas caso a IA não saiba determinada resposta”, defende Mendes.

Segundo ele, já há casos de escolas utilizando a IA para ampliar o contexto criativo e lúdico da aprendizagem. “Com a IA criando personagens que só existem na cabeça das crianças ou aflorando e identificando os talentos dos alunos, numa espécie de “Novos Talentos”.O desafio é longo e sensível, mas já é possível iniciar as aplicações de forma controlada e gerenciada, aproveitando a melhor parte da IA”, define.

Futuro. O ideal, segundo Mendes, é que a regulamentação da IA seja feita de forma equilibrada. “Hoje, trabalhamos para democratizar a I.A. para todos os níveis de empreendedores. Dependendo da regra criada, essa conquista da “democratização” poderia ser afetada e minimizada, o que seria uma grande perda”.

O tema é tão importante e delicado que Mendes acredita que já existam comitês que analisem todos os aspectos que envolvem a IA, para garantir a segurança para os humanos, sem perder o brilho que esses sistemas podem trazer, como por exemplo, ajudar a descobrir a cura de diversas doenças, melhora na qualidade de vida entre outros. “É um processo sem volta. O que tem que ser feito agora é uma análise fria, sem emoção e muito séria sobre a utilização e multiplicação dessas tecnologias”, conclui.

 

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