Em tempos de redes sociais, as malas nunca mais foram as mesmas. São tantas fotos, stories e afins que fazer uma mala para viagem ganhou um peso extra. Eu estou desde o começo de maio em Nova York e uma das perguntas que mais recebo é sobre a quantidade de mala que trouxe comigo. E é engraçado observar a surpresa de todos quando respondo que trouxe apenas uma.
Dois meses viajando com uma mala de vinte e três quilos, sendo que trabalho com moda, posto moda, e estou em uma cidade que respira moda - parece ser uma tarefa difícil. Mas foi possível e ainda de bônus manter firme meu propósito de trazer um conteúdo verdadeiro, confortável, usável, fácil de replicar e sem muita “montação”, além da crença de que uma produção confortável e simples não é sinônimo de simplória, sem graça e chata, que looks básicos não significam serem óbvios.
Logico que peças foram usadas mais de uma vez de formas diferentes, mudando as coordenações, os acessórios e combinações. Mas o segredo para uma mala perfeita começa com o planejamento, pode parecer lógico, mas vejo muita gente começar a montar a mala sem pensar muito sobre o tipo de viagem (trabalho ou passeio), previsão do tempo, roteiro, quais eventos e atividades terão, quantos dias longe, enfim, entender os detalhes da viagem que irão influenciar suas escolhas.
Eu, particularmente, quando de posse desses detalhes, defino as roupas que levarei já pensando nos looks prontos e em como intercambiar as peças entre eles. Acho importante experimentar os looks que pensou, às vezes eles funcionam muito bem como ideia, mas não na prática. Também acho valido pensar com carinho nos acessórios, eles têm o poder de mudar um look, talvez aquele seu vestido preto que usará em um jantar com salto e peças de peso visual, ganhará uma nova proposta com tênis e acessórios mais divertidos e alegres.
Escolha peças que combinem entre si e que você possa fazer variações. Gosto sempre de pensar de duas a três peças de cima para cada peça de baixo, ou investir nas peças de cores neutras, gerando combinações mais fáceis e variáveis.
Em uma viagem, mais do que nunca, é imprescindível conhecer nossa intencionalidade em relação a nossa imagem, de que forma nos sentiremos confortáveis, belas, adequadas aos ambientes que visitaremos e claro, cumprir com eficiência e “boniteza” a proposta da viagem, seja ela a trabalho, a passeio, ou como no meu caso, ambos.