Maior empresa brasileira produtora de aço e líder global do mercado de aços especiais, a Gerdau vai instalar uma nova fábrica de reciclagem de sucata para abastecer a sua produção de aço. O anúncio vai ser feito ainda neste ano.
Segundo Gustavo Werneck, CEO da Gerdau, o Vale do Paraíba deve ser o destino da nova unidade, em razão de abrigar a Usina de Pindamonhangaba, uma das maiores unidades da empresa no Brasil.
“Provavelmente vai ser no Vale a nova unidade. Estamos debatendo em detalhes e temos desejo que seja aqui. Temos plantas importantes em Pindamonhangaba e provável que seja aqui”, afirmou Werneck a OVALE.
A nova unidade é estratégica para o futuro da companhia, que é a maior recicladora da América Latina. A Gerdau tem na sucata uma matéria-prima indispensável: 71% do aço que produz é feito a partir desse material. Todo ano, 11 milhões de toneladas de sucata são transformadas em diversos produtos de aço.
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A Usina de Pindamonhangaba produz aços especiais com uma matriz 100% renovável, tendo a sucata ferrosa como matéria-prima. Isso torna o aço produzido na unidade um produto com uma pegada de carbono muito menor do que a média mundial do setor.
Os novos investimentos da Gerdau em modernização têm contribuído para uma melhor eficiência energética das operações, tornando Pindamonhangaba uma referência em produção de aço de baixo carbono no Brasil.
Ou seja, a unidade do Vale é forte candidata a receber a nova planta de reciclagem da empresa no país. O investimento ainda está sendo definido.
Durante a inauguração do novo equipamento de lingotamento contínuo de blocos e tarugos da Gerdau em Pindamonhangaba, com investimento de R$ 700 milhões, nesta terça-feira (13), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também falou sobre a possibilidade de a região ganhar uma nova planta da companhia.
“Pode ser no Vale, sim. Vamos sentar para conversar [com a Gerdau]. Eles estão procurando um novo site e já reciclam 70% do aço que produzem. São mais empregos para a região e o estado. São postos de trabalho mobilizados durante a obra, na construção, e depois com a unidade instalada”, afirmou Tarcísio a OVALE.
Gustavo Werneck (dir.) explica o funcionamento do novo equipamento para Tarcísio de Freitas (centro)
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