BLINDAGEM

Câmara de S. José barra pedido de informação sobre impacto do ‘confisco dos aposentados’

Com a rejeição dos requerimentos, Prefeitura de São José dos Campos não é obrigada a fornecer os dados para o Legislativo

Por Sessão Extra | 02/06/2023 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

Claudio Vieira/PMSJC

Sede do IPSM (Instituto de Previdência do Servidor Municipal)
Sede do IPSM (Instituto de Previdência do Servidor Municipal)

Requerimentos
Com votação decisiva da base aliada ao governo Anderson Farias (PSD), a Câmara de São José dos Campos rejeitou na última semana dois requerimentos da oposição que solicitavam informações da Prefeitura e do IPSM (Instituto de Previdência do Servidor Municipal) sobre estudo técnico a respeito do impacto que teria nas contas do instituto a aprovação do projeto que visa acabar com o chamado ‘confisco dos aposentados’.

Projeto
Os requerimentos, que receberam apenas seis votos favoráveis, haviam sido apresentados por cinco vereadores - Dr. José Claudio (PSDB), Amélia Naomi (PT), Dulce Rita (PSDB), Juliana Fraga (PT) e Walter Hayashi (PSC) -, que também são autores do projeto que visa acabar com o 'confisco dos aposentados.

Confisco
O 'confisco' foi implantado na reforma da previdência feita em 2020, no governo do então prefeito Felicio Ramuth (PSD). Antes dessa reforma, os aposentados e pensionistas contribuíam apenas sobre o valor que excedesse o teto do RGPS (Regime Geral da Previdência Social), que era de R$ 6.101,06 e hoje está em R$ 7.507,49. Desde então, passaram a ter descontados de seus vencimentos 14% de tudo que superar o salário mínimo, que estava em R$ 1.045 e hoje chegou a R$ 1.550. Na época da mudança, o Sindicato dos Servidores estimou que 60% dos aposentados seriam prejudicados pela mudança no teto de isenção.

Impacto
Em maio, ao ser questionado por OVALE sobre o projeto dos cinco vereadores, o governo Anderson Farias (PSD) alegou que, em quase três anos da lei em vigor, o IPSM teve arrecadação adicional de R$ 125,5 milhões, e que revogar a mudança faria o instituto perder R$ 51,9 milhões por ano.

Blindagem
A rejeição de requerimentos é uma forma de blindar o governo Anderson, já que esse tipo de documento deve ser respondido obrigatoriamente em 15 dias quando aprovado em plenário. Com a rejeição, a Prefeitura não é obrigada a responder à Câmara.

Receba as notícias mais relevantes de Vale Do Paraíba e região direto no seu WhatsApp
Participe da Comunidade

4 COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.

  • Fernando Casela Reis
    05/06/2023
    Esta causar a resposta da corrupção dos governantes , roubam dinheiro do SUS, fora o que não ficamos sabendo. No frigorífico dos ovos é isso que se vê, aguenta brasileiros. Enquanto o povão quiser pão e circo será isso aí.
  • Lucia
    05/06/2023
    Os funcionários do Estado de São Paulo ganharam essa luta. Não temais esse desconto de 14%. Os servidores aposentados sofrem com esse governo.
  • Rogério
    05/06/2023
    Como sempre transparência ZERO!!!!
  • anthoniafazan@gmail.com
    04/06/2023
    UM absurdo isso os aposentados já pagou pra aposentar agora pagando novamente,muitos doentes fazendo tratamento sem condições de pagar um convênio assim como eu teve q sair do convênio por não ter mais condições de pagar,o SUS é bom más em alguns casos demora onde a doença avança, muito triste esse cenário de injustiça com quem contribuiu uma vida inteira prá ter uma aposentadoria justa.