A Educação 5.0 em São José dos Campos está longe da realidade nas salas de aula. Apesar de promover a combinação de tecnologia, habilidades cognitivas e socioemocionais no ensino, a capacitação oferecida aos professores não fomenta práticas inovadoras.
Exige-se do corpo docente um domínio acadêmico específico, prática pedagógica e habilidades psicológicas, além do uso de tecnologias digitais. Contudo, a atual oferta compulsória do curso de Pós-graduação em Educação 5.0 não atende às expectativas. Com pouca interação entre docentes e conhecimentos estudados, o curso se restringe a cumprir tarefas, deixando de lado o debate e o aprofundamento teórico.
Além disso, o plano de carreira não valoriza o aperfeiçoamento profissional, prejudicando os professores. As reformas de infraestrutura, que deveriam melhorar o processo de ensino e aprendizagem, são meramente superficiais. As "salas Google" são apenas versões renovadas dos laboratórios de informática, com equipamentos ultrapassados.
Os Chromebooks disponibilizados pela Prefeitura são limitados, e os problemas de conexão à Internet obrigam os professores a usar seus próprios dados móveis.
Diante disso, é legítimo questionar: como implementar a Educação 5.0 nesse cenário? Para alcançar o sucesso, é necessário reformular o Plano de Carreira do Magistério, estabelecendo critérios justos de progressão salarial e uma carga horária equilibrada.
A Educação 5.0 em São José dos Campos está distante dos seus pilares conceituais e metodológicos, tornando-se apenas um jargão eleitoral que difunde uma imagem equivocada da realidade.