FRAN GALVÃO

Respirando moda em New York

Por Fran Galvão | Consultora de Imagem e Estilo
| Tempo de leitura: 2 min

Quem me acompanha pelas redes e mídias sociais sabe que estou em Nova York. Vim para dois meses de trabalho, pesquisa e claro vivenciar essa cidade que exala moda da forma mais genuína possível, de exposição de Karl Lagerfeld no MET (The Metropolitan Museum of Art) até uma experiência em comemoração aos 25 anos da série Sex And The City, passando pela reinauguração da famosa joalheria TifFany na 5º avenida onde foi gravado o famoso filme Bonequinha de Luxo com Audrey Hepburn e também da mais popular Century 21, um loja de ponta de estoque da grandes marcas que foi fechada em 2020 e reabre suas portas. Olhos, ouvidos e mente aberta para dividir muitos conteúdos com vocês.

Recebi através do meu Instagram - logo que cheguei por aqui - uma pergunta bastante interessante sobre o entendimento da moda como ferramenta de autoestima ser diferente entre mulheres brasileiras e americanas.

“Fran, qual a sua percepção das mulheres americanas em relação a moda e imagem pessoal comparado com a brasileira? Qual delas é mais vaidosa e preocupada com a aparência?”

Minha resposta pelo Instagram foi mais superficial, mas com a promessa de trazer o tema para cá e aprofundar um pouco mais, afinal esse é um tema que eu poderia investir horas conversando com vocês.

Mas basicamente é fato que existem questões culturais e econômicas a serem consideradas ao responder essa pergunta, mas acredito muito que a aquela que mais se preocupa com a aparência ou com sua comunicação não verbal é aquela que entende que imagem gera poder. Que entende como ela quer se apresentar ao mundo, aquela que não se vitimiza, que entende que cuidar da imagem nada tem a ver com dinheiro ou marcas, que cuidar da sua imagem não é gasto e sim investimento.

Há um texto atrelada a Gloria Kalil que gosto muito e diz que “não há boa imagem que compense a falta de competência. Mas não há competência profissional que não se beneficie de uma boa imagem”.

Acredito, e tenho percebido nos meus atendimentos de Consultoria de Imagem por aqui, que mesmo levando em consideração questões de acesso e a cultura do consumismo – muito maior nas americanas - nós brasileiras investimos mais assertivamente, buscamos entender o fator da nossa comunicação não verbal e levamos isso não só para o dia a dia profissional, mas também para dentro de nossa casa, em nossos momentos de relax com a família e amigos. Gostamos de moda, mas sabemos (ou estamos trabalhando nisso) que ela vem depois do estilo pessoal. Que devemos aproveitar as tendências que combinam com você e ignorar todas as outras - como sempre gosto de ressaltar “que não é o que você veste e sim como você veste” que fará a diferença. E nisso – não generalizando nenhum dos lados - nós brasileiras estamos muito a frente.

Um tema para pensarmos! Enquanto isso, sigo por aqui observando e já pensando na coluna da próxima semana, com certeza bem novaiorquina!

Comentários

Comentários