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06 de maio de 2024
AVALIAÇÃO
Transporte público de Campinas é avaliado como ‘ruim’ ou ‘péssimo’ por 41% da população
Levantamento OVALE/Sampi/Ágili Pesquisas mostra a avaliação dos entrevistados para o transporte em Campinas; presidente da Emdec admite desafios e aponta melhorias
Por Xandu Alves | 13/05/2023 | Tempo de leitura: 3 min
Campinas
Divulgação
O transporte público em Campinas é considerado ruim ou péssimo por 41,12% da população, como mostra levantamento OVALE/Sampi/Ágili Pesquisas. Do total de entrevistados, 25,15% avaliaram o serviço como ‘péssimo’ e 15,97% como ‘ruim’.
Classificaram a qualidade do transporte como ‘regular’ a parcela de 29,53% dos pesquisados, ‘ótima’ recebeu apenas 0,49% das respostas e ‘boa’ ficou com 11,65%. Não sabe ou não responderam foram 17,22% dos entrevistados.
Foram ouvidas 750 pessoas entre 29 de abril e 3 de maio, em Campinas. A margem de erro da pesquisa é de 3,7 pontos percentuais para mais ou para menos, com confiança de 95%.
ESTRATIFICAÇÃO
A qualidade do transporte em Campinas foi mais bem avaliada pelos homens, com 0,50% de ‘ótima’ e 12,47% de ‘boa’ contra 0,47% e 10,89% das mulheres, que lideram em ‘regular’ -- 29,96% ante 29,06%. Com ‘ruim’, os homens tiveram 17,48% e as mulheres, 14,58%. Com ‘péssima’, 21,77% deles e 28,25% delas.
Quanto à divisão por idade, os maiores percentuais de ‘ótima’ foram de 1,71% de 60 anos ou mais, 22,25% de 16 a 24 anos para ‘boa’, 31,45% de 25 a 34 anos para ‘regular’, 29,19% de 16 a 24 anos para ‘ruim’ e 28,58% de 35 a 44 anos para ‘péssima’.
A qualidade do transporte recebeu ainda 1,03% de ‘ótima’ dos pesquisados com o ensino fundamental completo, 11,79% de ‘boa’ com o médio, 38,35% de ‘regular’ com fundamental, 19,65% de ‘ruim’ com superior e 29,80% de ‘péssima’ com ensino médio.
A pesquisa foi contratada por OVALE, um dos mais tradicionais veículo de comunicação de São Paulo, com atuação na RMVale e Campinas.
O jornal tem o apoio do portal Sampi Campinas na divulgação dos resultados.
OUTRO LADO
Presidente da Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas), Vinícius Riverete admite que o transporte público é um “desafio gigantesco”. A companhia é responsável pelo serviço na cidade e vem fazendo ações para melhorar a qualidade. Um dos entraves é a licitação do novo sistema, aguardada desde 2016 e que estava suspensa pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) desde o início do ano (leia texto nesta página).
“Temos uma série de ações para priorizar o transporte público. A grande maioria da população usa o transporte e temos que melhorar a qualidade, a eficiência, trazendo mais tecnologia e inovação para o sistema. Isso vai acontecer com a licitação, que está próxima de acontecer”, afirmou Riverete.
LICITAÇÃO
Suspensa desde março, a licitação da nova concessão do transporte público de Campinas poderá ser retomada desde que o edital seja retificado em 14 pontos, conforme indicação do TCE (Tribunal de Contas do Estado).
As mudanças visam dar mais clareza e transparência ao processo. A licitação é a principal aposta da Prefeitura de Campinas para melhorar o sistema.
“A licitação é o grande desafio da gestão, para colocar novos ônibus, novos meios de pagamento, readequação do sistema para criar linhas alimentadoras para os corredores do BRT. O edital foi liberado pelo TCE. Faremos as adequações o mais rápido possível para reabrir a licitação”, disse Vinícius Riverete, presidente da Emdec.
“O desafio é gigantesco, temos hoje um índice percentual de cumprimento de 98% e vamos atingir 100% com trabalho e determinação. Leva tempo a construção de um transporte público eficiente”, completou o presidente da Emdec.
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