COMPORTAMENTO

Frequência sexual pode aumentar a libido?

Por Marcos Eduardo Carvalho | 09/05/2023 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

A frequência sexual pode intensificar a libido? Quanto mais o casal namora, mais ele vai sentir vontade? Essa é uma pergunta que muitas pessoas têm e, nem sempre têm coragem de falar abertamente. Afinal de contas, mesmo nos tempos atuais, a sexualidade ainda é um grande tabu.

No entanto, Rosana Pena, mestre em Psicologia clínica, especialista em Psicologia Analítica Junguiana e Sexualidade Humana e psicoterapeuta de adultos e casais, diz que isso realmente pode acontecer, mas não é uma regra geral.

De acordo com a especialista, precisamos nos atentar para o fato de que a libido é influenciada por muitos fatores como: hormônios, estado físico geral, crenças, valores. “Mas se o sexo é prazeroso para o indivíduo a tendência é que ele busque mais e queira repetir, com frequência,  para obter mais prazer. De forma geral, nosso cérebro nos indica o que nos reforça e retroalimenta com prazer”, explica a especialista.

E QUANDO O SEXO ‘ESFRIA’?

Muitas vezes, o casal vive uma grande sintonia afetiva no dia a dia, mas na cama a situação esfriou. Desta maneira, o diálogo é sempre o melhor caminho para entender o que levou ao esfriamento. "Buscando perceber o significado da relação que têm, o que um representa para o outro. Olhar para possíveis fatores de interferência: filhos pequenos, rotina e automatização, nível de atenção que estão se dando e dando um ao outro. E, falando mais diretamente da sexualidade, como têm investido nos momentos de intimidade: saem sozinhos como casal? Fazem programas românticos? Fantasiam? Buscam estimular seus sentidos físicos?”, destaca a especialista.

Depois, Rosana Pena ainda lembra que, entre os mais jovens, o aumento costuma ser mais comum. Até mesmo em função da disponibilidade hormonal. “Na adolescência, por exemplo, os hormônios são liberados em quantidades mais altas. Mas volto a afirmar que há muitas variáveis que influenciam o comportamento sexual”, disse.

Apego às mídias sociais pode atrapalhar relação, diz especialistas

A psicóloga Rosana Pena, de São José dos Campos, destaca pesquisas recentes que mostram que o apego às mídias sociais e meios digitais têm gerado uma diminuição de contato físico, o que também prejudica a relação sexual, especialmente entre os mais jovens. “Nesse sentido, podemos correlacionar com os casais mais velhos, que Talvez tenham uma vantagem sobre os jovens, se não ficam tão apegados à vida digital”, disse a psicóloga. E, segundo Rosana Pena, se conseguirem fugir da rotina excessiva e buscar estimuladores, podem sim, ter uma vida sexual mais intensa. “O fato é que na sexualidade há que se fazer investimentos”, afirma.

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