“Um equívoco dos atletas”. Foi dessa forma que Emerson Guedes, metalúrgico e atual presidente da Mancha Azul, maior torcida organizada do São José, se referiu ao momento em que os jogadores da Águia do Vale, após a confirmação do acesso à Série A-2 do Campeonato Paulista, desviraram a principal faixa do grupo.
A extensa faixa com o escrito de ‘Mancha Azul’, tradicional em jogos do São José, tanto fora como dentro de casa, já é há tempos pendurada no alambrado de ponta cabeça. Em nota, a organizada afirmou que o protesto, iniciado ainda em 2009, permanecerá durante o próximo ano e só será cessado com a chegada do time joseense à primeira divisão paulista.
“Entendemos que por ser um momento de emoção e também como uma demonstração de gratidão a todos os heróis que vestiram a camisa do São José nesta temporada, deixamos os jogadores aproveitarem o momento que causou muita emoção no estádio (...), porém, o lugar do São José EC não é na série A2! Nosso lugar é na primeira divisão! Como ainda não atingimos nosso objetivo, a faixa continua virada!”, diz trecho do comunicado postado nas redes sociais da torcida.
O São José não joga a primeira divisão estadual há 24 anos. A última vez ocorreu em 1999, em um torneio estadual jogado de forma diferente do formato habitual. Na ocasião, os chamados times grandes (Corinthians, Palmeira, Santos e São Paulo) entraram a partir da segunda fase.
Na primeira, o São José esteve no grupo 1, ao lado de Portuguesa, União Barbarense, Rio Branco, Inter de Limeira e Ituano. Nesta chave, a equipe do Vale ficou apenas na penúltima colocação e precisou jogar o ‘quadrangular do rebaixamento’, que definiria o descenso daquela edição. No esdrúxulo torneio a Águia ficou em terceiro e acabou rebaixada à A-2.
“Naquele tempo, já estávamos completando 10 anos longe da primeira divisão estadual e mais tempo ainda longe da primeira divisão nacional. A promessa também sempre foi muita clara: Vamos desvirar a faixa apenas quando o São José EC voltar ao seu lugar, que é na primeira divisão”, destaca a nota.
