Quando nasce uma criança, nasce também um pequeno explorador. Já dentro do pequeno espaço do berço e de casa, seus sen:dos vão sendo aprimorados pela pequena experimentação da interação com o meio. Durante o seu desenvolvimento, esse universo vai se expandido para o ambiente ao qual ele vai sendo exposto, a escola, parques, locais de convivência em comum com outras crianças e, uma vez es:mulado, essa exploração vai enriquecendo a sua mente.
Nos primórdios da humanidade, quando não havia tantos prédios e esCmulos tecnológicos, olhar para o céu era inevitável. A mente do ser humano o levou a catalogar milhares de estrelas entre outros objetos no espaço, inclusive dando nomes e aspectos que superam o imaginário. E isso aconteceu em qualquer civilização de forma natural e espontânea. Não precisamos voltar no tempo para entender como foi benéfico para a humanidade todo esse progresso. A evolução da busca por entender os fenômenos no céu a ponto de torná-lo hoje um local a ser almejado pela humanidade importa inclusive, para a nossa sobrevivência.
Quando estimulamos uma criança a olhar para o céu, estamos dando para ela possibilidades. A compreensão da nossa dimensão, a beleza dos fenômenos naturais, a possibilidade de construção de um mundo melhor para si mesmo e para o próximo. Tudo isso está presente no Sol e em outras estrelas, nos planetas, nos satélites e na forma de elaborar tudo isso e compar:lhar com seus semelhantes aqui na Terra.
Tive a oportunidade nesses últimos tempos de conhecer alguns projetos para crianças e adolescentes que gostam e tem se destacado por criar suas próprias formas de olhar para o céu. A Nicole (Nicolinha e Kids), o João Vitor GG, as crianças contempladas no projeto Sócios-mirins do AEITA (Associação dos Engenheiros do Ins:tuto Tecnológico Aeroespacial), o projeto Meninas no espaço do Rio Grande do Norte, o projeto Decolar aqui de São José dos Campos, entre outros. Tudo isso vem em auxílio para que cada vez mais possamos contribuir para que a exploração do espaço permaneça a:va na vida dos nossos pequenos seres humanos. E tem muito mais por aí.
Aqui em São José dos Campos, por exemplo, existem diversos locais como o Museu Interativo de Ciências da prefeitura, o Museu Aeroespacial Brasileiro, o Mini observatório do DCTA e da UNIVAP, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o projeto ‘Ciência no Parque’ do Vicentina Aranha, todos esses e muito mais estão disponíveis gratuitamente para o público através de visitas e agendamentos através dos sites.
Precisamos preparar nossas crianças para o futuro e o futuro está no espaço e na nossa relação com ele. Sugiro que procure próximo a você e na sua comunidade uma forma de contribuir para que nossa sociedade contemple o espaço como forma de integração com a essência humana. Inclusive, não somente do ponto de vista cienCfico, mas para inspirar as artes e o que mais advir da experiência sensorial de olhar para o céu. E sempre que possível, procure olhar para o céu você também. Reúna a família e conte nuvens, estrelas, observa os fenômenos naturais, olhe para o horizonte de eventos que está te acompanhando todo dia. Desperte o explorador adormecido dentro de você.
Nas próximas semanas farei uma série nessa coluna sobre as missões para a Lua, do passado, presente e futuro. Continue acompanhando nosso conteúdo.
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