Nesse domingo celebramos a ressurreição de Cristo. É um evento histórico relembrado em culturas ao redor do mundo, mas vai além de tradições realizadas como memorial desse fato tão importante. Nesse domingo falamos de vida sobre toda a morte.
Cristo viveu as lutas e dificuldades de todo homem. Ele nasceu em lar muito humilde, em família que precisou fugir de decretos de morte injustos. Maria e José moraram no Egito por um tempo, para que a ordem de morte de todas as crianças menores de dois anos de idade não alcançasse Jesus criança, e voltaram mas não para sua própria terra, mas para Nazaré, e ali Jesus cresceu e compreendeu como é ser humano, com todas as dores implicadas inclusive.
As Escrituras nos dizem que “a vida se manifestou; nós a vimos e dela testemunhamos, e proclamamos a vocês a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada” (1 João 1:2). O fato de Jesus, sendo Deus, se tornar homem é algo que nos traz perplexidade. A divindade buscou a aproximação, tomou a iniciativa do relacionamento, em um desinteresse completo por ganhos, mas pelo contrário, assumindo muitas perdas, para que as pessoas todas tivessem uma oportunidade: tomar consciência de sua porção eterna, e viver uma reconexão com o transcendente, algo tão necessário para que a nossa humanidade floresça em plenitude.
Como homem, ele atravessou as mortes que um homem pode passar: traição, injustiça, pobreza. Ele viu o que a doença pode fazer, e como a humanidade sofre debaixo do poder do mal, do engano, da incompreensão. Tendo conhecido tudo isso, Ele agiu para que essas mortes fossem vencidas, uma a uma, em nossa historia. Ele tem em suas mãos o poder de fazer reviver o que de alguma maneira morreu em nós, por causa de toda a dor e tristeza que sofremos todos os dias. Jesus tem todos os recursos de que precisamos para viver a superação de tudo que nos faz mal, e então ressurgir para uma vida significativa e de fato cheia de paz.
A morte física que Jesus enfrentou, submetido ao terrível instrumento de tortura e execução romanos, a Cruz, representa a nossa própria morte em todas as facetas de nossa própria história. A sua Ressurreição representa essa vitória que podemos receber de Suas Mãos, sobre todas essas mortes, em especial a morte para o Eterno, para a essência de nossas vidas, que é a conexão definitiva com o Pai Eterno, o Criador. As Escrituras trazem que “Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós” (1 João 3:16).
Que nesse domingo de Páscoa, nossos corações se reconectem com o Eterno e com a Vida. Que haja renascimento do amor, da paz e da esperança em nossos corações, através da presença amorosa do vitorioso Cristo. Feliz e abençoada Páscoa!