A Prefeitura de Taubaté estuda pagar R$ 40 milhões para adquirir o prédio do antigo Hospital São Lucas e transformá-lo em uma unidade para atender mulheres, com maternidade.

O hospital particular encerrou as atividades anos atrás, voltou a atender em 2021 e fechou as portas novamente em fevereiro de 2022. Desde então, está abandonado. “Estamos em processo de avaliação oficial do imóvel para apresentar uma proposta ao gestor no processo de recuperação judicial, que a submeterá ao juízo e aos credores”, informou a Prefeitura.

Na campanha de 2020, o agora prefeito José Saud (MDB) prometeu criar o Hospital da Criança, maternidade que serviria “para os taubateanos não precisarem nascer em Pinda”. Em 2021, o governo emedebista apresentou ao Ministério da Saúde o projeto do Complexo Materno Infantil, que seria uma nova maternidade construída no HMUT (Hospital Municipal Universitário de Taubaté), ao custo de R$ 34 milhões. Mas a proposta não saiu do papel.

O HMUT já tem uma maternidade, que conta com duas enfermarias com 20 leitos cada, um berçário com seis leitos e uma UTI neonatal com 10 leitos. Segundo a Prefeitura, tanto o berçário quanto a UTI têm infraestrutura inadequada. Além disso, o hospital não tem UTI neonatal intermediária.

O Complexo Materno Infantil consistiria em um novo prédio na área do HMUT, que também contaria com centro cirúrgico e centro obstétrico. Agora, o governo Saud alega que comprar o São Lucas seria “mais rápido”, que o antigo hospital consiste em um “espaço mais moderno” e que os custos das duas opções “se assemelham”.

Na próxima quinta-feira (23), a partir das 9h, a Câmara deve realizar uma audiência pública para debater essa proposta.