LITERATURA

Academia Joseense de Letras abre ano com homenagem a Amara Moira e debate sobre ChatGPT

Travesti, feminista, doutora em teoria e crítica literária, Amara Moira foi aprovada como acadêmica honorária

Por Da redação | 04/03/2023 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

Divulgação

Amara Moira
Amara Moira

Em sua primeira reunião do ano, acadêmicos também homenagearam outras escritoras, como Cora Coralina e Clarice Lispector

Em homenagem ao mês da mulher, os acadêmicos da Academia Joseense de Letras decidiram homenagear a escritora Amara Moira, aprovada como acadêmica honorária.

Travesti, feminista, doutora em teoria e crítica literária pela Unicamp e militante dos direitos de pessoas LGBTQIA+ e de trabalhadoras sexuais, Amara integra a Associação Mulheres Guerreiras, o Grupo Identidade e o Coletivo TransTornar, todos de Campinas, sua cidade natal, e o Coletivo A Revolta da Lâmpada, de São Paulo.

Amara tem publicado artigos sobre gênero e literatura e é autora do livro autobiográfico “E se eu fosse puta” (2016), republicado em 2018 como: “E se eu fosse puRa”.

Para o presidente da Academia, Fabrício Correia, a homenagem para Amara Moira no mês da mulher é de grande significado na luta pelos direitos humanos.

“Celebrar a diversidade, o talento, o respeito aos direitos humanos e a coexistência. Amara Moira é uma mulher extraordinária, dedicada ao combate das desigualdades por meio da cultura e educação. Nossa Academia a recebe de braços abertos”, disse.

Realizada na Biblioteca Pública Cassiano Ricardo, em São José dos Campos, a Academia Joseense de Letras abriu seu ano acadêmico no último dia 2 de março.

Os participantes também homenagearam escritoras na primeira reunião de 2023, que são mulheres em condição de patrono na Academia, como Cora Coralina, Clarice Lispector, Francisca Júlia, Hilda Hilst, Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico e Ruth Rocha.

Poemas de Clarice Lispector foram declarados na abertura e no encerramento da reunião.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Durante o encontro, os acadêmicos também interagiram com o ChatGPT na construção de haicais, gênero de poesia de forma fixa. ChatGPT (Generative Pre-trained Transformer) é um protótipo de um chatbot com inteligência artificial desenvolvido pela OpenAI e especializado em diálogo.

Para Val Saab, acadêmica eleita, a possibilidade de interação com inteligência artificial na literatura precisa de cautela e cuidado no uso excessivo.

“Vejo com cautela o futuro das produções literárias e precisamos ter muito cuidado com uso excessivo do ChatGPT. A literatura parte da imaginação do escritor e não pode ser deixada de lado.”, disse.

Também interagiram com a IA os acadêmicos Fabrício Correia, Enrique Gianna e Sandra Guimarães.

A próxima reunião da Academia Joseense de Letras ocorrerá em 6 de abril, às 18h30, na Biblioteca Pública Cassiano Ricardo.

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