FRAN GALVÃO

Eu repito roupa, o que não significa repetir look

Por Fran Galvão | Consultora de Imagem e Estilo
| Tempo de leitura: 2 min
OVALE
Divulgação
Eu repito roupa, o que não significa repetir look
Eu repito roupa, o que não significa repetir look

Kate Middleton, a Princesa de Gales, já conhecida por reaproveitar seus looks em várias ocasiões, inclusive sendo apelidada de “Kate econômica” pelos tabloides britânicos, voltou a ser assunto recentemente. Segundo o site People, na 76ª edição do British Academy Awards (Bafta) que aconteceu no domingo passado, 19 de fevereiro, ela usou um vestido branco Alexander McQueen já utilizado em 2009. Dessa vez, ela apostou em um novo detalhe nos ombros, transformado em faixa, combinado com luvas “de ópera” pretas, maxi brincos dourados da Zara (e você aí pensando que ela só usava joias heim) e clutch preta.

Adepta a looks clássicos e sofisticados, Kate sempre dá um jeitinho de trazer um toque de simplicidade em produções elaboradas e esbanjar o conceito de que “repetir roupa, não significa repetir looks”.

Repetir roupa é chique e vou além afirmando que quando pensamos em estilo, não é “o que” você usa e sim “como você usa” que faz toda a diferença. Quanto mais você se conhece e está confortável com seu estilo, personalidade, autenticidade e intencionalidade ao vestir mais você entenderá que com uma mesma calça você pode criar diversos looks diferentes.

Além de toda uma questão ambiental e econômica, você já pensou que repetir roupa pode te instigar a buscar novas possibilidades, novas combinações, novos modos de uso, tirando você e seu guarda-roupa da estagnação, da falta de criatividade e da mesmice?

Fácil e imediato não é, mas posso garantir que é treinável e vale muito a pena. Normalmente cristalizamos o modo de uso das peças dentro de nosso guarda-roupa, aquele habitual tal calça vai sempre com essa ou com aquela blusa. Aliás, é comum as peças serem “casadas até que a morte as separe” conforme são compradas. Mas a ideia aqui é justamente quebrar esse padrão, sair fora da caixa, através de novas combinações de cores, de tecidos, de texturas, de estilos e de (e principalmente) segmentação de uso/ocasião (trabalho, social, festa etc.)

Sempre digo a minhas clientes da Consultoria de Imagem que isso é treinável, porque é algo que realmente precisamos nos desafiar e insistir, dia após dia notando os resultados.  Esse “treino” fará com que você conheça melhor o que tem dentro do guarda-roupa, compreendendo cada vez mais seu estilo, entendendo o que funciona ou não em você e as inúmeras possibilidades de cada item.

Não vou ser hipócrita e negar que namorar vitrines e comprar uma ou mais peças novas é incrível, renova a autoestima (mesmo que temporariamente), traz felicidade (mesmo que momentânea), mas sou extremamente contra você se olhar no espelho no final do dia e pensar que considerando o tempo, a energia e o dinheiro gasto nas suas roupas, ainda não transmite através delas toda a suas potencialidades. Pense nisso!

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