HOSPEDAGEM

Aparecida tem cerca de 300 apartamentos inacabados em obras paralisadas

Empreendimentos enfrentam problemas de regularidade e impactos econômicos causados pela pandemia

Por Xandu Alves | 15/02/2023 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

Reprodução

Prédios com obras paralisadas em Aparecida
Prédios com obras paralisadas em Aparecida

Cidade com mais leitos de hospedagem do que habitantes, Aparecida tem cerca de 300 apartamentos inacabados que estão em prédios cujas obras estão paralisadas. O levantamento foi feito por OVALE com base nos prédios com obras paradas na cidade.

Em alguns empreendimentos, o problema se arrasta há anos por questões relacionadas à regularidade dos projetos construtivos, segundo informou o Sinhores (Sindicato dos Hotéis, Bares e Similares) de Aparecida.

“Esses problemas estão vindo de antes da pandemia. Estão parados com problemas no empreendimento. Não foi a pandemia”, disse Francisco Viviani, empresário do ramo hoteleiro e presidente do Sinhores Aparecida.

“Alguns pararam por causa da pandemia e não terminaram ainda, mas estão retomando agora depois da pausa da pandemia, cujo impacto foi muito grande na região e especialmente em Aparecida. Alguns estão retomando em ritmo mais devagar.”

A rua ‘símbolo’ dos prédios paralisados em Aparecida é a Ana Rosa Soares Penido, uma das vias de entrada da cidade pela Rodovia Presidente Dutra. A rua também liga o Seminário de Santo Afonso à região central, dois pontos de visitação em Aparecida.

Nesta rua há ao menos três prédios com obras paralisadas, dois deles com mais de 10 andares. As construções podem ser vistas da Via Dutra e estão se tornando espécie de ‘cartão postal’ ao contrário para Aparecida, que vive do turismo religioso.

“É uma imagem ruim para a cidade que depende da hotelaria. São casos que saem da alçada do Sinhores. Tem que ver a questão de regularidade”, afirmou Viviani.

A Prefeitura de Aparecida informou que a retomada da construção dos prédios depende da regularização das pendências de cada empreendimento.

HOSPEDAGEM

Segundo ele, o Sinhores está mapeando o número de pontos de hospedagem e de leitos na cidade, que sofreram impacto econômico por causa da pandemia. Mas Viviani crê que a cidade continua com mais de 35 mil leitos para receber turistas, o que supera a população do município – 33 mil, segundo estimativa do IBGE.

Quanto ao movimento de turistas, o presidente do Sinhores disse que está 30% abaixo do que havia antes da pandemia, mas em recuperação.

“O movimento retomou e o turismo já teve um aumento, mas estamos ainda 30% abaixo do que tínhamos antigamente. Esse ano deve ser muito melhor do que os anos anteriores e atingir o patamar que tínhamos antigamente, a região toda”, disse Viviani.

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