Vou começar a coluna dizendo que após longas férias, voltei ainda melhor. Dito isso, o plano era esperar o tapete vermelho da premiação do Oscar para contar as novidades da moda para vocês, mas, como sou ansioso, não consegui esperar. A política no país tomou as rodas de bares e almoços de família. Tirando os lados partidários, os erros nas escolhas, muita das vezes não fica apenas no âmbito legislativo, a moda, também sofre com o senso dúbio dos políticos.
Com a ascensão das redes sociais, figuras da internet utilizaram sua popularidade para se eleger. Ser conhecido por vídeos engraçados ou pela militância independente do assunto virou forma de expressão e representatividade. E para agradar os seus seguidores, nada melhor que um “look” causador para postar na internet e gerar engajamento. Contudo, será que esse momento não deveria ser para enaltecer o campo das ideias e mostrar além da roupa as propostas para um novo Brasil?
O código de vestimenta do congresso é claro em relação aos homens: costume e gravata. Já as mulheres, acabam que ficando mais livres para se vestir. Mas, na moda, ficar mais livre pode ser o passaporte para cometer certos devaneios “fashion”. E nesse sentido, o menos é sempre a melhor opção. Rosangela Moro, deputada federal, tomou posse na câmara legislativa com um vestido de renda amarelo, para combinar, scarpin em tom de lilás. Assim como o marido, o visual da deputada gerou controvérsias e muitos memes.
A deputada Erika Hilton também ousou em um vestido e sapatos da estilista Paula Raia. O sapato, levava a mesma estampa do vestido. Estava linda, porém, a transparência da saia não era adequada. Já a deputada Coronel Fernanda usou sua farda, nada mais impróprio. Ali, ela é uma deputada e sua patente militar deveria ficar restrita ao quartel. Por fim, ela parecia estar fantasiada de “comandos em ação”.
O que eu acho de tudo isso? Com certeza um pavor. Para ser uma grande representante, além de ética e respeito, as deputadas deveriam seguir a máxima dita por Giorgio Armani: “Elegância não se trata de ser notado, mas sim de ser lembrado”. Vamos torcer para que essas mulheres sejam lembradas pelos seus feitos na política e não pelo desastre fashionista inapropriado para o evento.