LEILA PAES

Em dias difíceis, a generosidade é um bálsamo

Por Leila Paes | Pastora e Psicóloga
| Tempo de leitura: 2 min
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Em dias difíceis, a generosidade é um bálsamo
Em dias difíceis, a generosidade é um bálsamo

Encontro em um dicionário que o bálsamo é visto como medicamento, mas também consolação, alivio.  Essas coisas têm sido muito necessárias nos dias que estamos vivendo. Estamos precisando de medicamento para o coração, para poder trazer consolo e alivio diante de tantas situações difíceis e embaraçadoras. E todo dia tem uma nova!  Estamos perplexos com o tamanho das tragédias e enormidades das injustiças que estamos vendo acontecer nesse tempo.

Não seria a generosidade um bálsamo? A doação livre e sem expectativa de retorno é como água em terra árida: faz nascer coisas. Um sorriso gratuito na fila do supermercado, ou uma ajuda espontânea segurando a porta do elevador são pequenas generosidades que fazem nascer alguma coisa boa naquele momento, que poderia ser estéril. Quanto mais grandes generosidades como providenciar alimentação para uma família com enfermo por um mês inteiro, ou uma bolsa de estudos numa faculdade para um jovem; quantas coisas gestos assim não fazem nascer? Que remédio isso é para a alma.

O que me intriga é que, embora saibamos disso tudo, vemos cada vez menos gentilezas e generosidades e mais e mais pessoas incentivadas a olharem para seus próprios interesses, “cada um no seu quadrado”, como escutamos dizer.

É interessante é que o remédio da generosidade faz mais efeito em quem doa. Por que a generosidade é uma abertura para o bem. Mesmo que uma resposta ao gesto nunca venha, o remédio já foi aplicado no coração do doador, por que doar abre uma possibilidade do bem. É melhor dar do que receber, nos ensinam as Escrituras (Atos 20.35).

Em dias difíceis, que tal viver essa generosidade que faz nascer coisas boas? Em um dia particularmente desafiador, experimente abraçar de maneira intencional, mais pessoas que o comum. Veja se não lhe fará bem. Nesses mesmos dias mais complicados, experimente fazer uma pequena bondade, talvez duas... três... como dar um bombom a alguém, e veja o que isso faz a você. Sair de você mesmo para olhar mais para o outro pode trazer bálsamo, verdadeiramente. Parar para escutar alguém, só escutar mesmo, emprestando nossa presença e atenção para esse semear e ver algo bom nascer, pode ser algo extraordinariamente encorajador.

Esse é o meu desafio para você hoje: abra espaço para a generosidade, sem interesses no que poderá lhe ser devolvido. Ofereça uma doação intencional e veja o que pode nascer.

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