São famosas as resoluções de ano novo que todo mundo faz a cada final de ano. As novas agendas guardam as listas, os sonhos, os desejos em suas primeiras páginas. O problema de todo mundo é cumpri-las (quem nunca?).  Acabamos nos deixando levar, de novo, por tudo que o dia a dia faz sobre nós, todos os pesos, todas as demandas, e lá se vai um janeiro (já?).

Podemos fazer algo a respeito? Quero dizer que sim, há o que fazer sobre isso. Uma das coisas que podem ser lembradas aqui é que não preciso “me deixar levar” por nada. Talvez seja preciso “remar contra a maré”, mas há algo que está disponível para nós: determinar para onde vou e como vou.

Uma das coisas mais fortes sobre nós é a capacidade de determinar. Todos nós ficamos muito surpresos com histórias de superação, porque não são o normal. O normal é permitir que os obstáculos determinem aonde vamos, se chegaremos ou não. Todos nós falamos com naturalidade: “ah, não deu, por causa disso, ou daquilo”... Ficamos muito admirados quando alguém diz: “não deu pela décima vez, mas eu fui lá e tentei de novo até que deu certo”.

Bem, seja essa pessoa que tenta pela décima vez. Seja essa pessoa que não olha para o obstáculo com mais atenção do que olha para o seu alvo. Seja então essa pessoa, que, mesmo que janeiro já esteja dando adeus, retoma as resoluções do ano que já foi inaugurado e alcança o que determinou!

Será melhorar a sua saúde? Será começar um outro curso? Crescer na jornada de fé? Será a busca de uma outra colocação profissional? Ou desapegar de quase todo o guarda-roupa, que tem peças que já fizeram 10 anos penduradas ali? Seja o que for, dê mais um passo. E mais um. E outro, e verá no final desse ano muitas coisas cumpridas, apenas um passo por dia.

Nas Escrituras, no livro de Jó, encontrei: O que você decidir se fará, e a luz brilhará em seus caminhos (Jó 22:28). Compreendi que o nosso Deus, em seu amor, nos deu essa possibilidade incrível: podemos sim decidir, e passo a passo caminhar em direção ao melhor para nós, momento a momento. Há algo poderoso na resiliência, na decisão, na persistência. Há algo que é alcançado, sim, quando andamos para uma decisão de fé, uma decisão de amor, uma decisão para realizar algo bom e pleno de significado. Alguém me disse, uma vez, que “tudo que é bom dá trabalho”, e não é que é mesmo?