POSIÇÃO

‘Nenhum governo democrático definiu fronteiras sobre desinformação e críticas’, diz ANJ

ANJ disse que não houve discussões prévias com setores potencialmente envolvidos com a questão da desinformação

Por Xandu Alves | 06/01/2023 | Tempo de leitura: 1 min
São José dos Campos

Divulgação

Marcelo Rech, presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais)
Marcelo Rech, presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais)

Presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais), Marcelo Rech disse que a entidade acompanha com “atenção e preocupação” a criação, via decreto, da Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia.

Embora a desinformação seja um problema real que desafia as democracias, disse a ANJ, a preocupação se acentua pelo fato de não ter havido discussões prévias com setores potencialmente envolvidos e pelo risco de interpretações que possam levar à censura ou intimidações na imprensa e na sociedade como um todo.

“A ANJ entende também que não cabe a governos pretenderem criar uma linha divisória sobre o que é verdade ou não. Nenhum governo democrático definiu com precisão até hoje as fronteiras sobre o que é desinformação e o que são críticas ou manifestações de opinião. Ao contrário, são os regimes autocráticos que começaram a fazer esta regulação, sempre com o sentido de se defender de críticas ou conteúdos que não lhes são simpáticos.”

E completou: “Por isso, esperamos que o decreto seja revisto, no sentido de se evitar a interpretação de que o novo governo persegue objetivos que não se coadunam com a defesa da liberdade de imprensa e de expressão. A ANJ entende também que um ecossistema robusto de jornalismo profissional e independente é o melhor antídoto contra a desinformação”.

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