ARTIGO

Dia do Empreendedorismo Feminino: as conquistas e desafios da mulheres do Vale

Por Karla Clarinda | 19/11/2022 | Tempo de leitura: 2 min

O Dia do Empreendedorismo Feminino é comemorado em 19 de novembro. A data foi criada em 2014 pela ONU. Em São José dos Campos, desde 2015, atuo como empreendedora social, ajudando inclusive mulheres com o projeto PlugaJobs, de maneira voluntária e gratuita por meio de grupos de whatsapp, onde indico vagas de trabalhos para quem procura oportunidade. A outra empresa é a Recolokey voltada para recolocação profissional. A própria Recolokey conta com 03 funcionárias mulheres.

No Vale do Paraíba foi detectado que pandemia alavancou o empreendedorismo feminino, pois muitas não tinham rede de apoio e optaram em empreender. Na região há 6 grupos fortes de empreendedorismo feminino. Em 2020, se comparado com o ano anterior, o Brasil registrou um salto de 41% entre as mulheres que iniciaram algum negócio próprio. Entre os homens, o crescimento foi de apenas 22%.

As mulheres do Vale do Paraíba estão atuam em várias frentes, partindo de setores tradicionais tais como: comida saudável, produtos artesanais, roupas e acessórios, bem-estar, beleza e estética a consultoria de vendas, e-commerce e em áreas que começaram masculinas e que hoje contam com mulheres que são os serviços de mecânica e consertos gerais (mulher de aluguel).

O empreendedorismo feminino além de contribuir para o crescimento da economia ele transforma as relações sociais pois, quando mulheres alcançam a autonomia financeira, não precisam mais se submeter a relacionamentos abusivos e violentos.

Outro perfil de empreendedora é daquela que sente necessidade de mudanças estruturais dentro das empresas. Algumas mudam drasticamente de carreira porque veem o empreendedorismo como uma fonte de empoderamento e autonomia, uma oportunidade de se distanciar das instituições hierárquicas, tendo maior flexibilidade para trabalhar em projetos que lhe interessam.

Outras optam por este caminho por não verem oportunidades em cargos de chefia, de acordo com o estudo Women in the Boardroom, as mulheres estão presentes em somente 16,9% dos assentos de conselhos de grandes empresas globais, o número cai para 8.6% no Brasil

O empreendedorismo feminino também tem os seus desafios, entre os problemas comumente enfrentados por qualquer empresário, juntam- se a eles, o preconceito da sociedade, a dupla jornada e a dificuldade de acesso ao crédito. Para elas, as taxas de juros são maiores. Segundo pesquisa do Sebrae, os homens pagam 31,1% de juros ao ano, enquanto as mulheres pagam 34,6%.

Mesmo diante dos desafios e diferenças, as mulheres da região têm o que comemorar como empreendedoras. Pois, conquistam espaços e quebram padrões. Além disso, as mulheres estão fazendo diferença no mundo, com criação de negócios não só de impacto econômico, mas também de impacto social.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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